#ADEHOJE – PEGA-PEGA NO SENADO. ENTENDE PORQUE TUDO ESTÁ ASSIM?

#ADEHOJE – PEGA-PEGA NO SENADO. ENTENDE PORQUE TUDO ESTÁ ASSIM?

SÓ UM MINUTO – Antes, salve Iemanjá em seu dia! Não sei se você ficou acompanhando o processo eleitoral no Congresso Nacional. Se não, só perdeu uma espécie de show patético. A cena da senadora Kátia Abreu roubando a pasta do senador Alcolumbre que se atarracou na cadeira fez lembrar aquelas brigas de crianças mimadas. Tiriricas da vida. Até esse momento, começo da tarde de sábado, 2 de fevereiro, os senadores, por exemplo, ainda estão se digladiando. Deram abertura até para a interferência do Poder Judiciário para a retomada do processo agora pela manhã. Na Câmara -óóó, venceu Rodrigo Maia. Surpresa. No Senado, Renan Calheiros usa de todo seu conhecimento interno para se manter no poder se reeleger presidente da Mesa. Esses resultados serão essenciais para o andamento do novo Governo e suas reformas. Onix Lorenzoni pisou no tomate nas duas casas, nos dois tapetes, o vermelho e o verde, e que marcam os lugares do Congresso, em Brasília.

Continuam as repercussões das divulgações das dramáticas imagens que mostram o exato momento do rompimento da barragem de Brumadinho e as consequências e a destruição. Prosseguem os trabalhos de procura dos corpos dos desaparecidos.

 

Brasil, mostra sua cara. Mas com dignidade. Por Marli Gonçalves

Eleições, dias que deveriam ser de festa e hoje são de discórdia, como se os principais e visíveis problemas fossem sentidos só por uns ou só por outros. Violência e virulência, assuntos deslocados, mentiras pavorosas, egoístas hipocrisias religiosas e uma cordata ignorância entraram no campo onde todos perdem. E isso não é futebol que nos deixa tristes apenas por alguns dias

Eleições, dias que deveriam ser de festa e hoje são de discórdia, como se os principais e visíveis problemas fossem sentidos só por uns ou só por outros. Violência e virulência, assuntos deslocados, mentiras pavorosas, egoístas hipocrisias religiosas e uma cordata ignorância entraram no campo onde todos perdem. E isso não é futebol que nos deixa tristes apenas por alguns dias

Serão anos duros pela frente, haja o que houver, isso está muito claro nesse país que não só está dividido, mas cortado em pedaços arrastados e espalhados salgados e com gosto de fel pelos chãos de todas as regiões. As eleições deste ano marcam um dos períodos mais tristes que vivemos, pelo menos desde que vim ao mundo, e já são seis décadas. Ainda – ainda, repito, e que pare por aqui – apenas não comparável aos 21 anos de uma ditadura que nos feriu, censurou, torturou, matou, cortou as asas de nossa imaginação, deixando apenas um toco de esperança, e que mal ou bem vinha de novo se reconstruindo.

Está uma tristeza, um desalento. Mas do que isso, um processo de cegueira coletiva, surdez geral, insanidade e infantilização de costumes, busca de falsos heróis, falta de educação, gentileza, raciocínio, de comunicação interpessoal. Não tem graça alguma, mas tem quem se ache o máximo por apoiar uma pessoa que reúne as piores outras pessoas ao seu redor, com a pior família, além dos piores pensamentos, o despreparo, e que pode nos levar a situações insustentáveis inclusive diante do mundo hoje globalizado do qual dependemos economicamente.

Do outro lado, há os que surgiram impondo um candidato fraco, fracóide, querendo nos fazer de palhaços. E que não é ele, é o outro, mas o outro está preso, e ele atua por telepatia, sem vontade própria, sem segurança, sem qualquer condição. E sem pedir desculpas pelo mal que fizeram e nos levou ao ponto onde estamos. Para eles, a culpa é sempre “dos outros”, como sobreviventes de Lost. O avião caiu, mas eles o querem remontar só com peças velhas. Ainda assim batem no peito como vestais. Também são machistas e a real é que tratam questões de comportamento de formas muito duvidosas e claudicantes.

Onde foi que nos perdemos dessa forma? Para agora termos diante de nós duas forças tão perigosas? Para onde correr? Onde está a ponte?

Há quem diga que foi tanta corrupção aparecendo. Credite isso apenas à Liberdade, e jure fidelidade a ela. A corrupção sempre esteve aí, inclusive no tempo das fardas, mas não podíamos dizer, não podíamos saber, não podíamos falar, não podíamos escrever.

Há quem diga que a violência está espalhada. E está mesmo, de uma forma terrível, mas só piorará porque poderão ocorrer confrontos ainda mais violentos e não só entre bandidos e organizações criminosas, mas entre pessoas comuns babando de ódio como as que já estamos encontrando nesse momento, inclusive amigos que considerávamos e que agora vemos apoiando, aplaudindo a insanidade, de um lado e de outro.

Mas o Brasil não é uma laranja cortada, e nós não somos gomos. Aproveito esse espaço para um apelo emocional, de coração: não deixem imperar a ignorância. Nossos maiores problemas são comuns a todos. Parem de se infernizar e nos infernizar usando mentiras, desconhecendo a história, falando esse português ruim. Procurem saber mais sobre sistemas políticos antes de falar em comunismo, fascismo. Entendam melhor o que é a cultura, as características regionais, leis de incentivo, como funcionam. Abram os olhos, esfreguem bem, vejam: as mulheres e crianças vêm sendo as maiores vítimas da ignorância e do apelo à violência.

Mais: redes sociais não são a vida real. Não faça e não deixe circular informações falsas. A realidade já é bem terrível, não precisa ser piorada, e precisa da imprensa forte e livre para ser vislumbrada – não bata palmas para malucos dançarem. Sejam eles de esquerda, direita – não são socos de uma luta de boxe ou MMA.

Não podemos quebrar nossa cara, nem termos nossas orelhas deformadas fazendo ouvidos moucos para situação tão delicada.

Vivo dias angustiantes. Sei que não sou só eu que não sou nem de lá nem de cá, e que procura a tal saída dessa caverna pré-histórica em que nos trancaram. Para acharmos, o trabalho terá de ser coletivo, e teremos de nos dar as mãos. Firmemente. Sem traições.

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Marli Gonçalves, jornalista – Volto a repetir: solteira, sem filhos (e sobrinhos, etc.). E se me perguntar “E daí?” – direi que, veja só, estou me preocupando tanto com um futuro e que é meu por um tempo bem menor do que o das gerações que muitos de vocês estão criando nesses dias que se passam hoje e que por descuido estão esquecendo de ontem.

marligo@uol.com.br e marli@brickmann.com.br

Brasil, outubro 2018

Lembrando do Pirro. E de sua “vitória” Não é que parece que ele se parece com “alguém”?

´Fonte: Migalhas.com.br

Custo Temer

Uma vitória de Pirro. Pode ter sido essa a vitória de Temer, tal o desgaste para consegui-la.


Vitória de Pirro – A locução serve para caracterizar todas as vitórias difíceis, alcançadas à custa de imensos sacrifícios. Pirro, rei do Épiro, conquistou a vitória sobre os romanos na batalha de Asculum, no ano 279 antes de Cristo, perdendo, porém a flor de seu exército no sangrento encontro. Teria, então, exclamado: “Com mais uma destas vitórias estarei perdido!”

 

ARTIGO – Acabou chorare. Por Marli Gonçalves

Acabou chorare

Por Marli Gonçalves

Resultado de imagem para cry animated gifsEstá engraçado. Bateu o vento da humildade e da reconsideração. É um tal de pedir desculpas, olhos marejados apertadinhos e promessas de que nunca mais isso ou aquilo…Resultado de imagem para cryiNG animated gifs

Quando a gente é criança e apronta alguma fora da ordem tem todo o sentido botar as mãozinhas para trás, fazer cara de arrependido, com o pé meio virado para dentro, prometendo nunca mais, não faço mais. Morrendo de medo do castigo que pode vir, ou mesmo das palmadas que já levou.

Essa semana, no entanto, foi um festival de políticos ou correlatos emocionados, prontos a ser imolados por seus erros admitidos em praça pública. Claro, em troca de – adivinhe! – o seu perdão (ou pena). Adivinhe de novo! – Em troca de seu voto. Ou mesmo para disfarçar ter falado mais da conta. Ou ainda para desdizer, uma atividade muito praticada no poder, seja qual for ele, assim como voltar atrás, quase uma modalidade olímpica, velozmente.

Vimos o ex-ministro da Justiça, e atual advogado de todas as causas perdidas, todo grandão, todo desajeitado, olhos marejados, vermelhos de descascar cebolas, reclamar da advogada arretada que falou dos netos da ex-presidente para justificar a sua retirada do Palácio.

Vimos a advogada arretada, por sua vez, emocionada e prestes a ficar em prantos defendendo sua tese em voz alta, fazendo ressalvas de desculpas, porque o alvo era uma mulher. Mãe. Avó. Essas conversas fiadas.

Toda hora aparece a Marta Suplicy piscando olhinhos azuis aqui na minha tevê. Mea culpa mea maxima culpa. E olha que a lista dela não é brincadeira, dá voltas no quarteirão: criação de taxas, chocar o ovo Haddad que botou no seu governo para se criar, suas muitas frases antipáticas, irônicas e infelizes, e o fora dos foras, a de aceitar que usassem a pergunta – É casado, tem filhos? – na campanha contra o Kassab.

Lembrou você, por acaso, tantas vezes quanto eu, da expressão “lágrimas de crocodilo”? Certamente que sim, se estava acompanhando o desenrolar final do novelo e da trama em Brasília, aquela votação que pareceu que ia, mas não foi – botaram água na fervura quando dividiram crime e castigo. Houve crime, mas não tem castigo; uma nova obra, ou melhor, frutinha, jabuticaba exclusivamente nacional, criada e aprovada em minutos por senadores vacilantes que também deviam estar fazendo fila e nos pedindo desculpas, mas não perderemos por esperar. O dia deles chegará.

Sabe por que chama assim? Lágrimas de crocodilo? Porque o bicho lagrimeja enquanto saboreia sua presa; lacrimeja, todo falso, mas é por causa de uma glândula ativada quando abrem toda aquela bocarra para comer mais rápido, prazerosamente. Tipo também o Lobo Mau que tem aquela boca enorme para?…te comer.

A analogia é clara. Estamos nós aos prantos. Buá Buá.

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oculos fendiMarli Gonçalves, jornalista – Anda estranho se emocionar com o que andam fazendo ou prometendo que farão qualquer hora dessas.

São Paulo, vai mesmo ser difícil votar, 2016

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Presidiários instalam grades em Brasília. Do Migalhas

Atrás das grades

Na capital da República foram instaladas grades no meio da Esplanada, separando as alas sul (para os CG – contra o golpe) e norte (para os FI – a favor do impeachment), de modo a evitar brigas e confronto entre os manifestantes. As barreiras, sugestivamente, foram instaladas por presidiários.

Veja as imagens.


Manifestantes a favor e contra o impeachment montaram acampamento neste domingo, 10, em áreas próximas à Esplanada dos Ministérios.

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ARTIGO – Perdidos no espaço. Por Marli Gonçalves

largeBom seria se fosse ficção científica. Se fosse uma ampla discussão sobre física quântica, vácuo absoluto ou relativo. A narração arrastada de uma concorrida partida de xadrez, o tabuleiro, os peões; os cavalos; a torre; a rainha; o rei. O fim. O xeque-mate. Felizes seremos se, tal qual no Livro das Mutações, I-Ching, os passos dessa luta sejam como uma dança de guerra, mas rogo que tragam ensinamentos para os passos de cada uma das batalhas que se sucederão.

Intuo que não será ponto final, que marca a pausa total, o fim de um tempo, de uma história, de uma revelação. Apenas ponto e vírgula, que dá a deixa para continuar na mesma toada. Tudo muito confuso, nas jogadas, nos jogadores, nas rodadas e nas rodas de conversa. Apenas nos entreolhamos e com olhares ansiosos esperamos na plateia o espetáculo que já sabemos de antemão – haveremos muito o que criticar. Qualquer desfecho trará aplausos e vaias.

Corramos para as montanhas, para algum lugar alto de onde possamos ter vista ampla para o que acontece na planície. E de onde possamos descer rapidamente para interferir, caso haja necessidade.

Não falo desses dias, ou melhor, não falo só desses dias aí, agora, à nossa frente, no nosso nariz. Falo de um todo desmantelado, do quebra-cabeças que cai espalhando suas peças, e acabam se perdendo algumas e que podem inviabilizar qualquer nova montagem. Quais serão os encaixes para cada uma das possíveis alternativas? Ninguém sabe. Nem os que estão se movimentando nos campos de batalha reais, nem os que parecem não querer tirar seus óculos virtuais e preferem viver olhando só o imaginário, o idealista.ovnis na praia

O real é doloroso. Está doloroso e ao nosso redor, e em cada um de nós em alguma forma. A diferença é que quem quer mudar agora, imediatamente, o lado tingido de verde e amarelo, já definiu e elegeu o culpado, o mau governo, esse projeto de poder que definha e se debate, que deixou rastros, provas, ações e desações, tomou medidas, dirigiu as cenas desse filme triste. Filme que mistura gangsteres, histórias de amor, épicos, violência, dramas sociais, cenas manjadas, assaltos cinematográficos, cenas escatológicas e muita, muita comédia, que é o que mais aparece agora no final. Mas tem quem não viu esse filme, ou se viu não entendeu, ou se entendeu quer se fazer de bobo, ou acha mesmo que está tudo bom – e sei lá, é preciso respeitar.

Não há efeitos especiais – e olha que é impressionante a tentativa de usá-los sub-repticiamente – que surtam efeito no público calejado; talvez toque só nos mais fracos ou nos distraídos, que acham que as pessoas que falam nas propagandas com aquelas bocas cheias de dentes brancos existem fora dali, nas portas dos bancos oficiais, nos postos de saúde, hospitais, escolas, abrindo as portas de lindas casinhas com chaves mágicas, e nem vida nem casa.

Não pode haver portas abertas de palácios só para os que aplaudem, que comem na mesma mesa, que estraçalham coxas com apetite, tocam sinos bajulantes. Se chegar à sacada verá lá fora outros milhões de narizes para cima, ouvirá os cantos discordantes, talvez até algo mais de lá seja atirado com revolta. Não adianta nem cercar o palácio com jacarés famintos, nem com cães enraivecidos.

Porque demora-se tanto? Porque todos não vimos bem antes o que já se desenhava enquanto mentiam nos atraindo às urnas, como bois a matadouros? Porque ali já estávamos como agora – sem opções ou caminhos seguros. Uma verde demais. Outro já caindo de maduro. Um abatido em pleno voo. Uma se sentindo com coração valente. Que protagonistas são esses, pior, e que continuam eles os protagonistas dos próximos filmes? Listados no rol de coadjuvantes veremos de novo os mesmos e os piores atores e atrizes atuando nos piores cenários, e às vezes com péssima iluminação.

Não é novela, que se desenrola muito em cima do que o público vai reagindo; se fosse já estaria mais próxima de um final e com a próxima sendo divulgada. É filme. De longa-metragem, talvez com várias sagas, e até de filmes que já vimos.

A luz apagou. Está no ar. Agora precisamos ficar em silêncio assistindo. Tá, pode tossir, comentar ao ouvido de quem está ao seu lado. Só não pode ficar cochichando muito que atrapalha e, por favor, não ria fora de hora, que nunca se sabe quem vai rir por último.

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Dias difíceis, dias cheios de ansiedade, muitas cenas para rodar. Abril, 2016, São Paulo

Marli Gonçalves, jornalista Vou continuar em paz, aqui, tentando dar uma tradução mais ao pé-da-letra possível dos filmes que assisto, com paixão por desenhos animados que duram por toda uma vida e não tem nem final. Só na moral.

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Veja se nao é boa pergunta para quem quer infernizar usando Minas Gerais?

20130317142029960_344046dwjvs6dyyuPergunta na boca da urna

Somando pouco mais de 20% e ficando em 3º para presidente no DF, Dilma poderá dizer aos visitantes ilustres que Brasília é sua casa?

NOTA DA COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO – DIÁRIO DO PODER

Pedindo votos! Mas para maquiagem, no Prêmio Avon. Siga o link. Carlucho virou a Terra.

VAI NESSE LINK PARA VOTAR NO 19 º PRÊMIO AVON DE MAQUIAGEM?

ESTOU PEDINDO VOTOS PARA O JOÃO MARCOS – CATEGORIA AUDIOVISUAL.

VOCÊ VAI CORRENDO A FLECHINHA E PROCURA.

VEJA AS FOTOS  ( fiz do computador) DA MAQUIAGEM MEIO AMBIENTE – TERRA, QUE ELE FEZ NO CARLUCHO, MEU BROTHER

http://www2.portaldamaquiagem.com.br/conexao/popular.evaluation.pm.action?method=loadPopularEvalutaion2010

maquiagem concorre no premio avon
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Código florestal: leia a análise do Gabeira

Código Florestal, aos vencedores o deserto

DO BLOG OFICIAL DE FERNANDO GABEIRA – http://www.gabeira.com.br/wordpress/2012/04/codigo-florestal-aos-vencedores-o-deserto/
 

Com 274 votos a favor e 184 contra, a Câmara aprovou, ontem, um novo Código Florestal para o Brasil. Como somos um pais rico em recursos naturais e também um grande produtor de alimentos, creio que a votação de ontem tem uma importância planetária.

A votação reflete uma vitória dos deputados que se dizem ruralistas, aliados ao PMDB e outros partidos da base do governo.

Desde o princípio, achei que num debate exposto apenas ao jogo parlamentar, a tendência era sair um Código Florestal impreciso. Mencionei a importância do trabalho científico para orientar as decisões pois é muito difícil, abstratamente em Brasília, definir limites de preservação em todos os os rios do Brasil, limites de destamento em todos os principais biomas do pais.

Mesmo dentro da Amazônia é uma grande abstração afirmar que 80 por cento de sua área não pode ser plantada. Existem regiões degradadas que poderiam ser usadas e, alem disso, existem métodos de plantação, usados pelos indígenas no passado, que não destroem o meio ambiente.

Pelas pessoas que comemoraram, pela ênfase em suprimir multas e facilitar financiamentos mesmo para quem desmatou recentemente, a mensagem que o novo Código Florestal passa é a de liberalismo em relação ao uso do solo no Brasil.

Como será interpretado, que conseqüências trará para o nosso futuro? O líder do PMDB, Henrique Alves, estava eufórico com a votação. Ele não é do tipo que se preocupa com o futuro do pais, muito menos do planeta. Como a maioria é um político vulgar, interessado em enriquecer e fazer negócios no Congresso.

Poucos donos de terra no Brasil respeitaram a lei. Agora que se passou este sinal de liberalização, é possível que a respeitem menos ainda.

O governo dá a entender que foi derrotado e que não queria esse desfecho. O governo também a entender que é contra a corrupção e está realizando uma faxina. Tudo isso é calculado para manter algo os níveis de popularidade de Dilma.

A combinação de extrordinário recursos naturais com um baixíssimo nível político acabaria definindo os caminhos futuros do Brasil. O pais contribui para solucionar um importante problema mundial que é o da segurança alimentar. Poderia fazê-lo de uma forma mais equilibrada.

O único consolo é que na vigência de leis mais severas, o meio ambiente era destruído de qualquer jeito. Na vigência de multas pesadas, poucos centavos eram recolhidos aos cofres do governo. Para o bem ou para o mal, as leis não são ainda o fator determinante.

Se depender do Congresso, com o nível de mediocridade dominante, tudo será negociado até a última árvore e a última gota de água nos rios brasileiros.

Não sei se a resposta para isto é apenas o radicalismo militante. O zoneamento ecológico, algo que não é realizado no Brasil, pode definir, com a ajuda da ciência como e quais áreas  serão exploradas. Da mesma maneira, os comitês de bacia que cuidam especificamente de um rio teriam mais condições de determinar a área de proteção de suas margens do que deputados em Brasília que, as vezes, nunca saíram de sua própria região.

Vamos ver como se desenrolam os próximos capítulos. A quem se interessa pelo tema, recomendo a leitura do livro A Ferro e Fogo, de Warren Dean, contando a destruição do Espírito Santo com a lavoura do café, realizada sem planejamento e critérios

PLEBISCITO NO PARÁ: Não! à divisão. Até o Duda Mendonça já reconhece derrota.

Se ele, que é ele, já desistiu, comemoremos!

O PARÁ CONTINUARÁ UNIDO! E LINDO.

Ele jogou a toalha

Duda: cheiro de derrota

Duda Mendonça, um dos cérebros da campanha pela divisão do Pará, jogou a toalha. Aos mais próximos, elenca uma série de razões para a derrota no plebiscito de domingo. As pesquisas, evidentemente, confirmam a derrota iminente dos separatistas.

NOTA DA COLUNA DO LAURO JARDIM – RADAR – VEJA ONLINE

Como ele vai fazer isso? Ficando na porta? Não deixando ninguém passar? Pedindo ajuda ao pai? Botando a Marina na frente? Ou o Penna, assustando criancinhas e convocando a Vila Madalena para o front?

SE VOCÊ TIVER OUTRAS IDÉIAS DE COMO ZEQUINHA SARNEY e TURMA POSSAM USAR PARA IMPEDIR A VOTAÇÃO, POR FAVOR, NÃO DEIXE DE LISTÁ-LAS AQUI

NOTA DE CLAUDIO HUMBERTO

Líder do PV promete obstruir sessão sobre Código florestal na próxima terça

 O líder do PV, deputado Sarney Filho (MA), afirmou no plenário da Câmara, que o PV “não participou do acordão” firmado na tarde de ontem (18), para votar a proposta que muda o Código Florestal na próxima terça-feira. “Nós do PV desconhecemos o texto que foi acordado, não participamos dos entendimentos e agora vamos analisar a emenda 164 que o relator incluiu no texto. A decisão de votar a proposta ocorre no mesmo dia em que a ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, anunciou que o desmatamento da Amazônia está fora de controle”, alertou o deputado. Para Sarney Filho a pressa em votar a proposta do relator Aldo Rebelo “satisfaz apenas a um pequeno grupo que defende seus interesses na Casa”. Ele anunciou ainda que o PV irá “obstruir a sessão”.

Peteleco nos Bolsonaros e bolsonarinhos…Turma: toda a atenção à votação no STF

Ministro relator do STF declara voto a favor do reconhecimento de direitos da união entre pessoas do mesmo sexo

DE O GLOBO
Carolina Brígido
  • Ministro Ayres Britto acompanha julgamento. Foto: STF

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) deve assegurar, em julgamento nesta quinta-feira, o reconhecimento legal da união entre pessoas do mesmo sexo. O primeiro voto a favor dos homossexuais foi dado nesta quarta-feira pelo ministro Carlos Ayres Britto, relator das duas ações que pedem aos casais homossexuais os mesmos direitos dos heterossexuais, como declaração conjunta de Imposto de Renda, pensão, partilha de bens e herança. No primeiro dia de julgamento, o ministro foi além e defendeu a adoção de crianças por casais gays. A Corte retoma a discussão nesta quinta-feira, com o voto de nove integrantes. A tendência do tribunal é reconhecer as uniões homoafetivas, mesmo que não haja lei no país para disciplinar o assunto.

As ações foram propostas pelo governo do Rio, em 2008, e pelo Ministério Público, em 2009. Há decisões pontuais de tribunais e juízes nos estados a favor e contra os direitos dos homossexuais. Com a decisão do STF, o entendimento será unificado.

O principal argumento dos opositores da causa é o de que a Constituição Federal, no capítulo da família, menciona apenas a relação entre homem e mulher. Para Ayres Britto, a Constituição só enfatiza o gênero feminino para extirpar o ranço no Brasil de que a mulher é inferior ao homem. E, como não há proibição explícita a qualquer outro tipo de união, os homossexuais devem receber o mesmo tratamento.

” O órgão sexual é um “plus”, um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um peso, um estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses “

 

 Se a opinião do relator prevalecer entre os ministros, os homossexuais terão os mesmos direitos decorrentes de uma união estável entre homem e mulher – como declaração compartilhada no Imposto de Renda, pensão em caso de separação e de morte e herança. As ações foram propostas pelo governo do Rio de Janeiro, em 2008, e pelo Ministério Público, em 2009.

Na sessão, Ayres Britto ressaltou muitas vezes que a sexualidade das pessoas é assunto privado, e que o estado não tem o direito de arbitrar nesse campo.

– O órgão sexual é um “plus”, um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um peso, um estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses – disse, completando mais tarde: – Não há nada mais privado aos indivíduos do que a prática de sua própria sexualidade. A liberdade para dispor de sua própria sexualidade insere-se no rol de liberdades do indivíduo, expressão que é de autonomia de vontade. Esse direito de explorar os potenciais da própria sexualidade tanto é exercitado no plano da intimidade, quanto da privacidade, pouco importando que o parceiro adulto seja do mesmo sexo ou não.

Hoje, há decisões pontuais em tribunais nos estados favoráveis e contrárias aos direitos dos casais gays. Com a decisão do STF, o entendimento será unificado. A expectativa é de que os homossexuais saiam vitoriosos.

 Antes de Carlos Ayres Britto declarar o seu voto, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu o reconhecimento das uniões de pessoas do mesmo sexo com base em diversos princípios da Constituição Federal: da dignidade da pessoa humana, da igualdade, da vedação de discriminação odiosa, da liberdade e da proteção da segurança jurídica.

– O indivíduo heterossexual tem plena condição de formar sua família, seguindo as suas inclinações afetivas e sexuais. Porém, ao homossexual, a mesma possibilidade é denegada, sem qualquer justificativa aceitável. Não há dúvidas sobre a proibição constitucional de discriminações relacionadas à orientação sexual – disse.

Gurgel também ressaltou que, ao não reconhecer essas uniões, o estado priva os gays de uma série de direitos conferidos a integrantes de uma união estável. Para o procurador, a falta de legitimidade das uniões homoafetivas gera preconceito e reduz essas pessoas a uma condição inferior a das demais.

– É um estigma que explicita a desvalorização pelo estado do modo de ser do homossexual, rebaixando-o à condição de cidadão de segunda classe. Privar os membros de uniões afetivas desses direitos atenta contra sua dignidade, expondo-os os a situações de risco social injustificável, em que pode haver comprometimento a suas condições materiais mínimas para a vida digna – afirmou.

De acordo com a Constituição Federal, “para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. O procurador ressaltou que esse dispositivo não exclui outras opções:

” O fato de que o texto omitiu qualquer alusão a união das pessoas do mesmo sexo não implica necessariamente que a Constituição não assegure o seu reconhecimento “


– O fato de que o texto omitiu qualquer alusão a união das pessoas do mesmo sexo não implica necessariamente que a Constituição não assegure o seu reconhecimento.

Em seguida, o jurista Luis Roberto Barroso fez sustentação oral em defesa do governo do Rio de Janeiro.

– O que vale a vida são os nossos afetos. O amor e a busca pela felicidade estão no centro dos principais sistemas filosóficos e no centro das principais religiões – ponderou. – Pede-se que este tribunal declare que qualquer maneira de amar vale a pena. Ninguém deve ser diminuído nessa vida pelos afetos e por compartilhar os seus afetos com quem escolher.

Ele lamentou que, até hoje, não exista lei protegendo esse tipo de relação. E concluiu que cabe ao STF suprir essa lacuna.

– A homossexualidade é um fato da vida, é uma circunstância pessoal, é um destino. Mas a ordem jurídica não contém uma norma específica que cuide das uniões homoafetivas – disse.

Como Gurgel, Barroso também ressaltou o direito à liberdade:

” A liberdade significa poder fazer aquilo que a lei não interdita. E a liberdade é a autonomia privada, é o direito de cada pessoa fazer as suas valorações morais e fazer as suas escolhas existenciais. “


– A liberdade significa poder fazer aquilo que a lei não interdita. E a liberdade é a autonomia privada, é o direito de cada pessoa fazer as suas valorações morais e fazer as suas escolhas existenciais.

Durante a sessão, também teve a palavra o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, que também defendeu os gays. Ele lembrou que essa parcela da população é alvo de constantes discriminações. E defendeu que essa tendência seja cortada a partir do poder público.

– A discriminação à realidade de afeto existente nas relações homoafetivas é algo que persiste e deve ser tratada no nosso sistema jurídico de forma não discriminada – disse.

Oito advogados falaram como “amici curiae” – uma forma de participar do julgamento apoiando a causa. Os sete primeiros se manifestaram a favor dos direitos dos homossexuais.