FONTE: COLUNA CLÁUDIO HUMBERTO – DIÁRIO DO PODER

O general Elito Siqueira, do Gabinete de Segurança Institucional, e a alta arapongagem temem “o fim da Abin” se houver “megavazamento”.
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(fonte: Blog de Ricardo Noblat,, O Globo, artigo publicado dia 2 de março)
‘’’…esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo”.
Esse é um trecho da definição que George Orwell deu à expressão “duplipensar”, que ele mesmo inventou e usou em seu clássico “1984”. onde descreve uma hipotética sociedade dominada pelo totalitarismo.
O duplipensar é uma moda recorrente e bastante ativa no universo da militância política que hoje preenche as redes sociais, e alterna a sadia vontade de participar, opinar e debater com a mais vulgar e corrosiva plantação de grosserias que se tem notícia na história do embate político brasileiro dos tempos recentes.
A empreitada do jornalista e ciberativista australiano Julian Assange, que criou um site chamado Wikileaks destinado a vazar documentos diplomáticos secretos, despertou, num primeiro momento, uma corrente mundial de simpatia e foi endossado por uma rede de organizações noticiosas de tradição e respeito.
Jornais de primeira linha começaram a publicar documentos com revelações mais ou menos bombásticas, até que a novidade se exaurisse em si mesma e a repetição de revelações inócuas ou duvidosas começassem a cansar os jornais e seus leitores.
No Brasil, onde cautela e caldo de galinha são menos apreciados do que deveriam, Assange, apesar de todo seu currículo de aventureiro e de uma folha corrida no mínimo duvidosa, foi logo endossado por uma certa esquerda que adora cultivar teorias conspiratórias e ganhou status de grão mestre do jornalismo mundial.
Wikileaks se tornou quase categoria de pensamento. Seu prestígio foi crescendo à medida em que os documentos divulgados,na maioria das vezes a seco, sem a devida contextualização ou a necessária edição, favoreciam as teses que povoavam, desde tempos imemoriais, a algibeira e o imaginário político de certas esquerdas e ajudavam a fermentar o anti-americanismo mais primário.
A tal ponto que Wikileaks e Assange ganharam um elogio inaudito,de viva voz, e ad hominem, dele mesmo, Lula, o Rei Sol, quando no exercício do cargo de presidente. Para ele, Assange representava a própria liberdade de expressão.
Os telegramas do Wikileaks eram replicados com entusiasmo e com barulho de fanfarra nas redes sociais. Eles revelavam, entre outras enormidades, que o jornalista William Waack era espião da CIA e que o candidato à presidência José Serra tinha prometido que, vencendo a eleição, “entregaria” o Pré Sal à multinacional Chevron.
Esta semana, depois de um recesso mais ou menos prolongado, o Wikileaks volta aos jornais, revelando a conversa entre um consultor da empresa de inteligência e análise estratégica Stratford e um funcionário do governo norte-americano no Brasil, que diz: “A compra de submarinos é tão sem sentido que só pode ter a ver com propina. Lula provavelmente está cuidando do seu plano de aposentadoria. E veja só: a compra acontece ‘curiosamente’ no fim de seu mandato”.
O duplipensar, que produzia tanto barulho com idiotices semelhantes, desta vez se calou. Silêncio eloquente.
O lixo do Wikileaks continua sendo lixo. A diferença entre a banda de música e o silêncio é o lado onde cai o lixo.
Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br
DO PORTAL IMPRENSA
Suposto vídeo de Assange dançando em casa noturna vaza na internet
Daniela Ades/ Redação Portal Imprensa
por Fernando Gabeira – DO BLOG NO ESTADÃO –http://blogs.estadao.com.br/fernando-gabeira/
Graças aos vazamentos do Wikileaks, os jornais devem estar apresentando , amanhã, grandes histórias sobre a Famiglia Kadafi. Seus filhos recebem dinheiro da companhia de petróleo estatal e tinham até a franquia da Coca Cola.
Uma excentricidade: um deles pagou US$1 milhão para a cantora Mariah Carey interpretar quatro músicas num show no Caribe. Há histórias de espancamentos das mulheres e outras aventuras de bilionários que se sentem impunes em seus países.
Duvido que as empresas brasileiras instaladas na Líbia ignorassem a ação da família Kadafi. Seid Al Islam, um dos filhos, tem um jornal e é o mais intelectualizado. Cursou a London School of Eeconomics e escreveu vários papers. Nem por isso deixa de defender seus interesses familiares contra o povo da Líbia. O filho Muatassim seria o mais barra pesada e pediu US 1,2 milhão para organizar uma milícia para a companhia estatal de petróleo e rivalizar com irmão Khamis que controla a força especial do governo.
O motivo que levou Mariah Carey a aceitar a oferta do filho de Kadafi é o mesmo que nos leva a vender blindados para o ditador: é preciso abrir empregos, melhorar o nível de vida.
Por essas razões que o Wikileaks expoê na Líbia e que são comuns em alguns paises africanos, é que não me foi possível avançar com o projeto que determina limites éticos para a atuação das empresas brasileiras no exterior. O que é isso, criar obstáculos, no momento em que estamos ganhando dinheiro?
Ainda teremos muito que discutir nessa história da Líbia.
e, antes, dê risada!
Não deixe de ver e apoiar o site : http://liberdadeparaassange.noblogs.org/
Julian Assange luta contra sua extradição para a Suécia.
Ex-candidata americana publicou críticas contra o WikiLeaks.
Do G1, com agências internacionais
A ex-candidata a vice-presidente dos Estados Unidos Sarah Palin, que vem declarando críticas contra o site WikiLeaks e o seu fundador, Julian Assange, teve o seu principal site “sarahpac.com” atacado por hackers.
Segundo a imprensa internacional, acredita-se que o ataque tenha sido feito pelo mesmo grupo que derrubou as páginas das operadoras de cartão de crédito Visa e Mastercard.
Na terça-feira (7), um membro do grupo “Anonymous” (em inglês, anônimo), em entrevista ao site da BBC no Reino Unido, revelou que o objetivo dos hackers é punir as empresas que deixaram de prestar serviços ao site WikiLeaks.
O site SarahPAC (comitê de ações políticas da ex-candidata) foi derrubado pelos hackers na noite de quarta-feira. Segundo reportou a rede ABC News, Sarah criticou o fundador do Wikileaks em um post no Facebook: “Ele é um agente anti-americano com sangue nas mãos. Os últimos documentos que ele divulgou revelaram ao Talibã a identidade de mais de 100 fontes afegãs. Por que ele não persegue com a mesma urgência que nós perseguimos os líderes do Talibã e da Al-Qaeda?”, escreveu Sarah na rede social.
Governo da Suécia
Nesta madrugada (9), hackers provocaram o fechamento durante várias horas do site do governo da Suécia. Segundo o jornal “Aftonbladet”, o portal oficial “regeringen.se” ficou fora do ar durante várias horas, na noite de quarta para quinta-feira. Pela manhã, o portal funcionava normalmente. O porta-voz do governo, Mariu Ternbo, declarou que Estocolmo não comenta questões de segurança e se negou a confirmar o ciberataque.
Julian Assange permanecerá em prisão preventiva no Reino Unido até o próximo dia 14, data para a qual foi fixada uma nova audiência do processo de extradição à Suécia, onde ele é acusado de estupro e agressão sexual.
Dois temas, dois vazamentos, merecem ser comentados hoje. O primeiro, é o vazamento de documentos diplomáticos dos EUA, através da organização Wikileaks. Sobrou para quase todo governante do mundo a revelação de seus segredos, ou pelo menos a revelação de como a diplomacia americana os trata, nos relatórios reservados.
Interessante para o observador da política externa constatar esses sobressaltos. Na verdade, a primeira grande mudança foi o surgimento de emissoras de televisão como a CNN, acompanhada da BBC e Al Jazeera. Todas com muita ênfase nos acontecimentos do mundo, acabaram obrigando os diplomatas a saírem das sombras para os holofotes. Agora com a sucessão de vazamentos do Wikileaks, uma organização que se dedica a isto, pelo menos já não há tantos segredos como antes. O único problema é que os vazadores terão de enfrentar os mesmos métodos que estão utilizando e a fúria de governos poderosos pode destruí-los. Pelo menos há muita promessa de repressão no ar.
O outro vazamento que intriga as pessoas é a fuga dos traficantes no Complexo do Alemão. Fala-se que utilizaram as escavações e galerias feitas pelo PAC. Duvido, mas creio que elas não servissem a este objetivo. Só estudando o terreno com cuidado.
Minha hipótese é a de que os traficantes fugiram no mesmo embalo que tomaram ao escapar da Vila Cruzeiro. Naquela noite, o cerco ainda não estava feito. O Exército decidiu colaborar no dia seguinte. Mesmo depois do cerco feito, é possível, mas improvável, que as fugas tenham acontecido. Improvável porque as pessoas arriscam muito; possível porque os cercos mais perfeitos contêm dois anéis e isto demanda muito mais gente do que a utilizada.
Agora que aconteceu a tomada do Alemão, vamos enfrentar o plenário com muito mais força, pedindo melhorias para a policia, isto é recolocando o debate da PEC300.
O Exército deve ficar seis meses no Alemão, assim como está há muito tempo em Cité Soleil e Bel-Air, comunidades haitianas. Daqui a pouco, vamos compreender aqui, o que já se compreendeu lá: será preciso substituir, gradativamente, as tropas por grupos especializados em engenharia e outras atividades socialmente importantes.
Temos uma grande vantagem sobre o Haiti. Lá é difícil encontrar equipamentos e matéria prima. Aqui temos uma retaguarda ideal.
Para não deixar traficantes fugirem, na próxima, o governo já conta com o apoio antecipado das Forças Armadas. Agora é desejar que a Conferencia do Clima em Cancún também dê um passo adiante: os debates estão se dando num país onde o tráfico de drogas chegou a um nível de violência mais trágico ainda do que a queima de carros.
FONTE: www.gabeira.com.br
Em telegrama secreto revelado pelo Wikileaks, a crítica é feita pelo próprio embaixador americano
Jamil Chade, correspondente de O Estado de S.Paulo
GENEBRA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluirá seus oito anos no poder com uma gestão marcada pela corrupção entre seus “mais próximos aliados”, com uma “praga” de compra de votos no PT e sem ter dado uma resposta ao crime no Brasil. Essa é a avaliação da diplomacia americana sobre a gestão de Lula e os principais elementos de seu governo, escancarando a avaliação do governo americano em relação a Lula.
Em um telegrama secreto revelado pela organização Wikileaks, a crítica é feita pelo próprio embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel.
“A principal preocupação popular – crime e segurança pública – não melhoraram durante sua administração (de Lula)”, afirmou o telegrama enviado entre a embaixada americana em Brasília e o Departamento de Estado norte-americano.
O documento ainda cita os vários escândalos de corrupção durante a gestão de Lula. “A Administração Lula tem sido afetada por uma grave crise política”, afirma o documento, indicando que “escândalos de compra de votos e tráfico de influência” se transformaram em “pragas para certos elementos do partido de Lula, o PT”.
Sobel, porém, deixa claro que a “popularidade pessoal do presidente não sofreu, mesmo depois que muitos de seus associados mais próximos foram pegos em práticas de corrupção”.
O telegrama faz parte de um relatório que a embaixada americana em Brasília enviou para Washington, com vistas a preparar uma visita do ministro da Defesa, Nelson Jobim. A meta dos americanos no início de 2009 era o de se aproximar ao Brasil, propondo acordos de cooperação no setor militar e uma colaboração para garantir certa estabilidade na América Latina.
O documento ainda insinua que teria sido o Bolsa Família que o teria ajudado a se reeleger em 2006. “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em 2002 em grande parte diante da promessa de promover um agenda social ambiciosa, incluindo generosos pagamentos aos pobres. Diante da força da popularidade desses medidas, ele foi reeleito em 2006, ainda que um apoio diminuído da classe média”, completou.