Da polícia à política
Antonio Ferreira Pinto, secretário de Segurança de Geraldo Alckmin até o ano passado, está se filiando ao PMDB. Deve sair candidato a deputado federal.
Antonio Ferreira Pinto deixa a função em meio à onda de violência.
Nesta madrugada, sete pessoas morreram na Grande São Paulo.
Do G1 São Paulo
A assessoria do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, ainda não comentou o fato.
Entre a noite desta terça (20) e a madrugada desta quarta-feira (21), sete pessoas morreram na capital paulista e em Itaquaquecetuba, Guarulhos e Osasco, na Grande São Paulo. Quatro dessas vítimas foram mortas em ataques feitos por criminosos em motos. Um ônibus foi incendiado na Zona Leste – ninguém ficou ferido.
O número de mortes nesta madrugada é superior à média diária de assassinatos no mesmo mês do ano passado, que foi de 6,6 vítimas (veja tabela).
Em Guarulhos, uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas após homens em motos atirarem contra elas. Segundo a Polícia Militar, o caso aconteceu às 21h49 na Rua Domingos Araújo de Almeida, local conhecido como ponto de venda de drogas.
Em Itaquaquecetuba, três pessoas morreram em um crime semelhante. Segundo a PM, elas estavam conversando por volta da 0h30 quando foram atingidas por um atirador de moto. Uma quarta vítima foi levada ao Hospital Santa Marcelina e, até a madrugada desta quarta, seu estado de saúde era considerado grave, segundo a PM.
DEPOIS DA CHOROSA MENSAGEM ANTERIOR, ATÉ QUE ESSA AQUI É BOA PARA DESOPILAR O FÍGADO.
OU O SECRETÁRIO NÃO SABE CONTAR, OU NÃO É MAIS PCC, MAS UCC ( ÚNICO COMANDO DA CAPITAL)
Matéria do Estadão de hoje:
12 de maio de 2011 | 11h 13
AE – Agência Estado
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que o Primeiro Comando da Capital (PCC) se resume a 30 líderes em presídio. “O PCC são no máximo 30 presos influentes que exercem algum poder de decisão e estão cumprindo pena em um só presídio, em Presidente Venceslau.” Ele também disse que o poderio da facção diminuiu “sensivelmente” e que “não há clima para que 2006 possa repetir-se”, afirmou, em referência à rebelião em 74 presídios e aos ataques do PCC nas ruas do Estado.
Questionado sobre se é o PCC que fornece toda a droga que chega a São Paulo, o secretário afirmou que “não necessariamente”. “É que o PCC hoje é uma grande franquia. Todo mundo para ter status diz que pertence ao PCC, mas na realidade existem muitos grupos criminosos bem organizados que não têm ligação com a facção.”
O secretário negou ainda que o PCC tenha uma papel disciplinador dentro das prisões. “Longe disso. Isso é glamourizar a facção. Eles estão voltados ao ganho com tráfico de entorpecentes. Fazem que o grupo que lideram do lado de fora tenha primazia em determinados setores de distribuição no comércio de cocaína. Mas não há viés disciplinador, nenhum poder paralelo, mesmo porque não damos espaço para isso.”
Agentes penitenciários, integrantes da Pastoral Carcerária, acadêmicos que estudam o PCC, integrantes do Ministério Público Estadual (MPE) e lideranças comunitárias em São Paulo desmentem a versão oficial. E afirmam que o poder da facção continua forte não só dentro das prisões do Estado como também nas periferias das grandes cidades paulistas.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Agentes Penitenciários de São Paulo, Rozalvo José da Silva, a situação não mudou nada nos últimos cinco anos, porque o Estado permanece “ausente” nas penitenciárias. Segundo Silva, a disciplina interna no sistema é mantida pelos detentos e as prisões estão superlotadas.
De acordo com ele, nos últimos cinco anos, o sistema recebeu 25 mil novos presos e chegou aos 171 mil – há capacidade para 98.995 vagas. O total de agentes se manteve praticamente estável. “Se você vai hoje a um Centro de Detenção Provisória (CDP), com 2 mil presos e capacidade para 700, há apenas 12 agentes para cuidar de toda a massa. Os presos acabam exercendo esse papel (de disciplinador)”, afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.