#ADEHOJE – CARNE CARA, E O MUNDO DA LUA DO PRESIDENTE

#ADEHOJE – CARNE CARA, E O MUNDO DA LUA DO PRESIDENTE

 

SÓ UM MINUTO – O presidente fala uma coisa e logo é desmentido. Parece que vive no mundo da Lua, alheio, e só interessado em polêmicas de direita e esquerda. A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, botou na panela um ingrediente forte ao afirmar com todas as letras e números que a carne vermelha, que aumentou 35% nos últimos dias, não vai voltar ao patamar. Por conta de exportações, da China, do raio que o parta. Há campanhas nas redes apoiando o boicote ao consumo, e troca por ovos, frango, carne suína. O presidente tinha afirmado que era coisa momentânea.

Enquanto isso, na Bahia, o escândalo no Judiciário continua. Hoje foi presa a ex-presidente do Tribunal de Justiça, Maria do Socorro Barretos Santiago, na Operação Faroeste, que investiga suspeitas de vendas de sentenças em grilagens de terras na região oeste da Bahia.

Árvores! Em Santa Catarina assassinaram uma árvore rara de 535 anos para fazer cerca. Em São Paulo, elas caem às centenas. #árvorenãoélixeira, pelo amor de Deus!

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ARTIGO – Descaso mata. Mas não morre nunca. Por Marli Gonçalves

Imagem relacionada O celeiro de jovens atletas, em contêineres, bem ao lado de cilindros de oxigênio, inflamáveis, explosivos, e onde nos papéis oficiais deveria ser só um estacionamento. O restaurante e os prédios administrativos bem abaixo no caminho da barragem que se rompeu, sem as sirenes que apenas agora soam descontrolados aos ouvidos de outras cidades, de outras barragens. As árvores, as pedras, que caem e que rolam, nem elas se aguentam de ver aos seus pés sempre tanta sujeira, tantas construções irregulares. Pessoas arrancadas de suas vidas em átimos, segundos, o tempo que piscamos

Nós piscamos. Eles, os que se foram, fecham os olhos. Para sempre. Outros, os que fecharam os olhos durante muito tempo para esses erros bárbaros, para essas tragédias mais do que anunciadas, previstas, cantadas, soletradas, continuam. Sacando de seus bolsos, sabe-se lá se deixando cair algum dinheiro ganho enquanto dormitavam, lenços, onde choram compungidos. Consolam as vítimas, os sobreviventes, seus familiares, tentam explicar o inexplicável, abrem suas rigorosas investigações lentas, decretam luto oficial, bandeiras a meio mastro.

Foi assim em Mariana, foi assim em Santa Maria. Será assim, talvez, em Brumadinho, nas cidades vizinhas alarmadas agora a todo instante. Poderá ser assim em mais pontes e viadutos que se dissolvem, assim como o asfalto vagabundo com o qual seguidamente recapeiam ruas e estradas, crateras abertas, feridas em chagas que não se curam, bueiros e bocas abertas esperando as suas próximas vítimas.

O descaso com que tratam as cidades, os espaços onde vivemos, os espaços públicos e privados, as ruas por onde passamos, as estradas por onde andamos, é aterrador. São os fios pendurados que eletrocutam, deixados ali por uma empresa, pela outra que mexeu, por mais uma que precisou desligar ou ligar. São as responsabilidades jogadas de ombro a ombro, de mão em mão, de governo a governo, de uma esfera a outra.

Promessas ouvimos. Mas quem tem de fazê-las, definitivamente, somos nós. Aos deuses, para que nos protejam dos perigos que o descaso de anos nos têm sido seguidamente mostrados, e anos após anos. Câmaras municipais dormentes dão nomes dos mortos às ruas e avenidas que os mataram – afinal precisam ser homenageados, como dizem, para não serem jamais esquecidos. Aqui e ali fazem leis que nem eles cumprem; outras, apenas ridículas. Em qual vereador você votou nas últimas eleições municipais, lembra?

Assembleias legislativas? Ora, faça-me o favor. Olha a do Rio de Janeiro, quase toda atrás das grades, por desvios, corrupção, fantasmas bem vivos, laranjas espremidos, “rachadinhas” de salários. A de São Paulo aguarda investigações; claro, se acharem alguém lá dentro daqueles corredores vazios e inúteis para perguntar qualquer coisa. Eles, os deputados, certamente dirão que estão nas suas “bases”, lutando por suas regiões, pelas cidades que representam no Estado. Em qual deputado estadual votou na última eleição há poucos meses, lembra?

Aí ficamos nós, daqui de nossas vidas, chorando, varrendo a água para fora de nossas casas, recolhendo escombros e até culpando Deus por tantas desgraças, assistindo ao show diário de insanidade e briga pelo poder no Congresso Nacional, Câmara e Senado Federal. Lá longe. Lá no bonito Planalto Central.

Volte para cá. Volte seus pensamentos de novo ao seu ao redor. É nele que precisamos ficar atentos, fiscalizar, denunciar, fotografar, registrar todos os pedidos que fazemos quando ( e se é que ) conseguimos ser atendidos por algum canal oficial, e que são solenemente ignorados, até que um dia…a casa cai, a árvore se mata e mata, o buraco engole, o prédio pega fogo, a ponte cai, o rio transborda, o fio eletrocuta, a pedra rola do morro, a barragem rompe…

Ah, não esqueça de pagar o IPTU. Ele está vencendo esses dias. E o dinheiro que ele arrecada – pode ler no “carnê” – deveria servir para que não amargássemos tantas tragédias nas nossas portas. Há também muitos outros, além dos embutidos como linguiças em tudo o que compramos. Cadê o dinheiro que tava aqui? O gato comeu, o urubu pôs fogo, a lama levou.

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Marli Gonçalves, jornalista – Dizem que tenho sorriso fácil. Pois vejam só: ele anda sumido nas últimas semanas.

Cidades, ainda muito burras, pleno e amargo 2019

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ARTIGO – Deus-dará. Por Marli Gonçalves

DEUS-DARÁ

MARLI GONÇALVES

Ao deus-dará, a deus-dará, o deus-dará. Deus-dará? As formas são variadas, todas corretas, mas a verdade verdadeira é que estamos na mão, largados, ao acaso, à própria sorte, e que a situação chegou a um ponto tal que é o que pode explicar não só a eleição de Jair Bolsonaro com seu slogan recheado de Deus, mas a fé ardorosa com a qual as pessoas acreditam que solucionará tudo como se fosse o próprio.

Você viu ou alguém deve ter comentado com você. Luz do dia, Bairro do Brás, São Paulo, Capital, um grupo ataca impiedosamente no meio do aglomerado de pessoas fazendo compras em um dos principais centros populares, milhares de pessoas todos os dias, todas as horas. Agem em conjunto, como hienas. Gravata em um, arrancam tudo que podem, jogam outro no chão, levam celulares, arrancam a corrente de mais um. Saem tranquilos, se dissipam e voltam a se reunir em minutos. Enchem de porradas e roubam um homem que, desnorteado, vai falar com dois policiais que passam ali no momento, numa rotina modorrenta, como se nada estivesse acontecendo. Eles, os policiais, não param nem para ouvi-lo. O homem fica ali falando sozinho. Foi gravado. Passou no principal noticiário de tevê.

Avenida Paulista, domingo, fechada aos carros, milhares de pessoas passando, passeando. No principal cruzamento, da Rua Augusta com a Avenida, calçada com o chão loteado por hippies (sim, ainda existem, exatamente iguais, apenas mais cabeludos, rastafaris e bem estranhos e agressivos) com seus artesanatos e costumes de sempre. Um grupo deles estende de qualquer jeito uma madeira próxima ao fio da calçada, joga carnes, linguiças e ali faz um churrasco bem fumacento sem a menor cerimônia. Parados na frente dessa cena, um grupo de fiscais vê e nada faz; um grupo de policiais vê e nada faz. Os policiais ainda respondem, ao ser inquiridos, que nada fariam por medo da “reação” da população. Tá gravado. Por mim, inclusive. Filmei, porque se me contassem que era normal fazer churrasquinho desse jeito, na Avenida Paulista, não acreditaria. Ah, os policiais também não se moveram quando o grupo tentou me intimidar enquanto registrava a cena.

Na esquina de um dos locais mais caros e “elegantes” de São Paulo, Jardins, o restaurante não se faz de rogado: pegou um tapete, sim, um tapetinho, e estendeu sobre a calçada – sobre, repito, tampando – o bueiro que está ali para o escoamento da água. Uai, para eles, qual é o problema?

Na mesma região os pés das árvores viram lixeiras com sacos e sacos de lixo, detritos de toda ordem, saquinhos com cocô de cachorro (adianta catar sem dar destinação?), madeiras, vassouras, caixas, tudo bem socadinho. Pode ter um poste do lado, mas o povo acha legal botar tudo nas árvores, e ainda olham feio quando se chama a atenção para o absurdo do ato. Depois ninguém entende porque qualquer garoa derruba dezenas de árvores por aqui. Com minha campanha particular – #árvoreNãoéLixeira – pelo menos duas ou três salvamos. Mas é um stress.

Digo daqui: São Paulo está ao deus-dará. Imagino que não esteja diferente o resto do país. Falo dos lugares por onde passamos diariamente, onde vivemos, e dos direitos básicos pelos quais pagamos impostos caros. Viadutos despencam, crateras abertas nas ruas, assaltantes agindo à luz do dia, calçadas esburacadas, que cada um faz como quer, criando montanhas-russas. Acessibilidade? Não me faça rir.

Leis não servem. Exemplo, a do telemarketing que é proibido, piriri pororó. Quantos telefonemas você já recebeu só hoje? Onde conseguiram seu número, seu nome? Não adianta tentar se livrar deles, agora também mandam incessantes mensagens para os celulares.

Conhecei a verdade e a verdade vos libertará. Frase que ultimamente temos ouvido frequentemente. A verdade, então, seja dita: estamos ao deus-dará. Como – e quando – vamos nos libertar da incompetência?

Deus dará conta? Já estão pondo na conta dele o país inteiro.

#arvorenaoelixeira

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Marli Gonçalves, jornalista – Não adianta reclamar nem pro policial, nem pro bispo, nem pro Papa. Muito menos para as autoridades.

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Brasil, ano após ano.

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ARTIGO – Monstrinhos nacionais. Por Marli Gonçalves

tumblr_mmsj2xFg1w1qzp9weo2_400Não tem mais jeito. Eles estão entre nós. Aliás, você pode estar nesse mesmo momento aí pisando em algum deles, nos monstrinhos mais caçados do mundo, mais do que pelo FBI, Interpol, CIA, KGB, essas coisinhas se imiscuíram no nosso meio e vêm sendo procuradas nas ruas e parques por milhões de pessoas. Mas, e o que você caçaria com gosto?bcd3ae_881e7896b7774e2889fdaa95723ce1c8~mv2

Vocês sabem, a coisa tá feia. Vivemos pensando em alternativas sustentáveis, ou melhor, que nos sustentem, e para isso nossa criatividade não pode ter limites. Deu-se então que imaginei um aplicativo verde e amarelo, na cola desse Pokemon Go. Um dos senões é só o uso da tal realidade aumentada, e que vai fazê-lo ser proibido para menores porque se ainda aumentarmos essa nossa realidade as crianças precisarão sair da sala, ops, da tela.

Estou achando engraçada esta febre, nada tenho contra; ao contrário, vou dar risada se vir alguém se esboroando aí pela rua – já faziam isso com o whatsapp mesmo, não sei por que tanta gritaria contra quem está por aí brincando de colher esquisitinhos coloridos, acertando-os com boladas estilingadas, atrás de seus ovos e ginásios. Parece um monte de cisnes, pescoços curvos, dedos nervosos, arrastar sinuoso.4wigglytuff

Claro, agora aumentou, tem razão, porque continuam teclando, fazendo selfies, e jogando. Fui ver isso na Avenida Paulista: montinhos, gente sozinha, gente andando em fila, gente disfarçando, gente parada apontando o celular para todos os lados como quando precisávamos ficar procurando sinal para conseguir usar o telefone, lembram? Lembram de algumas das posições ridículas em que ficávamos para conseguir falar? Pois é. Parecia aqueles exercícios de ioga, de equilíbrio, de ensaio para trapezista.

Então, pensei que, como existe tanta gente disposta assim a ir para as ruas, vamos bater perna atrás de malfeitores e malfeitos. Temos tantos monstrinhos nacionais a catar, que o GPS não vai dar conta.

Claro, da mesma forma os níveis iriam subindo, aumentando, pontos sendo conquistados, e a pessoa ia ficando importante, importante, até ser reconhecida publicamente. Tipo o juiz Sergio Moro, para dar um exemplo, e que já parece estar pensando num aplicativo desses faz tempo; anda exercitando o nível premium desse jogo. Será que ele dá pontuação particular para algumas de suas presas? Não sei por que, mas tenho a impressão de que ele agora já está perto de acabar a caçada, na fase final, atrás do monstrinho peludo mais valioso e raro, único. Vocês sabem quem.3pikachu

Nesse jogo Pokemon Go são 151 bichinhos para catar. 142, pelo que entendi, encontráveis, alguns mais difíceis que outros, mas esses restantes estão só em lugares específicos, em continentes. Na Ásia, Farfetch’d; na Oceania, Kangaskhan; nas Américas, um tal Tauros; e na Europa, Mr. Mime. O africano ainda não foi revelado.Nossos monstrinhos nacionais seriam de uma diversidade única, porque tem coisa que só aqui mesmo.

Ainda estou pensando nos nossos alvos, tropicais, que também podem ser coisas boas. Para começar, poderíamos caçar lixo posto enfiado em árvores para a minha campanha #árvoreNãoéLixeira. Lixo jogado nas ruas.

Gente falsa. Fofoqueiros. Postos de Saúde que tenham remédios. Empregos. Ongs sérias. Governantes comprometidos. Eleições limpas. Bons professores. Preços mais baixos. Belezas para encantar os olhos e as mentes. Os amores de nossas vidas. Se bem que pensando bem, esse último item outros aplicativos já estão oferecendo, embora sem muito êxito pelo menos no meu caso.

Vou continuar desenvolvendo a ideia. Peço ajuda. Me conta: o que faria você sair caçando com tanto gosto por aí?

gif-fofo-monstrinhoMarli Gonçalves, jornalista – Prometi a mim mesma caçar só dois ou três monstrinhos desses por dia, para não viciar de vez, pode até ser aqui dentro de casa mesmo se aparecerem. Claro, isso pelo celular. Na vida real, não tem jeito, é correr de monstro-conta, matar leão, quebrar galho, pisar em ovos, e ser de circo para se manter dia após dia com pelo menos a mente sã. E salva.

São Paulo, ao gosto olímpico, 2016

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Hoje é dia delas, as árvores. APROVEITO E LEMBRO: #árvorenaoélixeira, #árvorenaoélixeira

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#árvorenaoélixeira

#árvorenaoélixeira

 

chega de jogar lixo no pé das árvores!

chega de jogar lixo no pé das árvores!

chega de jogar lixo no pé das árvores!

arvore se arruma para a festa! arvore

 

…Mas, veja que nada supera o desleixo e sacanagem desse Extra da Rua Augusta com Oscar Freire. Olá PREFEITURA DE SP! Tudo bem com você? Olá Dirigentes do @extra!

#árvorenãoélixeira #árvorenãoélixeira #árvorenãoélixeira

Estamos ao Deus-dará. Veja uma rua dos Jardins, um dos Iptus mais caros do país. Uma rua qualquer? Não. A Rua Augusta.

Fiz essa foto hoje de manhã

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Estou abismada a cada dia com o descuido com as árvores. Veja uma da Drogaria Onofre. A árvores deles! Fotografei.

DROGARIA ONOFRE DA ESQUINA DA MINISTRO ROCHA AZEVEDO COM OSCAR FREIRE, SÃO PAULO, SP

#árvorenãoélixeira , gente!

fiz essa foto do lado de fora, pela vitrine, onde ainda deixam escrita a palavra Amor. Não é amor para essa pobre árvore

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#ÁRVORENÃOÉLIXEIRA: Vejam minha carta publicada hoje no DGABC. Durante a greve dos garis as coitadas das árvores sofreram!!!!

CARTA PUBLICADA NO DIÁRIO DO GRANDE ABC, EDIÇÃO DE 1º DE ABRIL
CARTA PUBLICADA NO DIÁRIO DO GRANDE ABC, EDIÇÃO DE 1º DE ABRIL

arvore se arruma para a festa!

ARTIGO – Jornalismo: profissão João Bobo. Por Marli Gonçalves

joao-boboBate no centro, pela direita, bate pela esquerda, soca, soca, soca; verga, mas não cai. Jornalista, com orgulho muito especial e carinho pela profissão que escolhi, embora tenha hora que um desânimo sem medida tome conta, vejo que viramos mesmo belo saco de pancadas, de um lado; culpados pelos problemas do mundo, de outro. Mal amados, malvistos. A chacina em Paris, contra o que é mais difícil de encontrar inclusive no jornalismo, o humor, arranca mais um pedaço daquilo que deveria ser considerado, isso sim, sagrado, que é a liberdade

O boneco que continua rindo em sua abaulada figura que vai e volta, às vezes com um sorriso inflável e indelével. Dias bem difíceis esses primeiros deste ano. Reparamos nas inúmeras incompetências governamentais de todas as esferas, mas é como se falássemos ao vento, o mesmo que a cem por hora derruba árvores na cidade de São Paulo, como se novidade fosse o péssimo estado de sua conservação, como se não valessem nada e servissem apenas para que desgraçados apoiem o lixo que juntam. #árvorenãoélixeira! Se tivesse condições criaria uma organização para cuidar dessas criaturas que ainda nos ajudam a respirar o ar sufocante de nossas cidades. Mas sou jornalista, apenas. E os jornalistas precisam estar em fortalezas mais seguras para empunhar suas armas, seja lápis, caneta, computador, cérebro, voz.

Acaba sendo difícil apontar temas, erros, soluções, sem um grande veículo por trás para apoiar; independente, e portanto sem patrocínios dos lados dessa questão, seja qual for a geometria de pontas esgarçadas que virou a política nacional. Aqui, para ter sucesso não basta ser bom ou competente. Tem de ter amigos influentes, algum sobrenome, bom dinheiro, participar de festas e/ou grupos sociais guetosos. Vide as blogueiras de moda que viraram milionárias …do jornalismo! Vide outros e outras que estão em todas porque socialmente integrados em alguma boquinha, casamento, “relação”, interesse. Na novela, mostram o que poderia de haver de pior e verdadeiro, infelizmente.

Se a gente fala que as ciclovias estão sendo feitas a navalhadas, que as bocas de lobo estão todas entupidas e parece que só fomos nós que ouvimos a previsão do tempo, que só nós sabemos que os temporais virão, virando tudo, ensopando e até matando, é porque somos de direita e perseguimos o coitadinho do prefeito Zé Bonitinho. Não compreendemos a “essência”, a “modernidade” das suas propostas.

Por outro lado, se falamos que a questão da água que pode nos levar a uma escassez sem precedentes foi escamoteada é porque somos contra essa “maravilhosa” turma de tucaninhos e periquitos, que viram araras.

A muié toma posse anunciando inconsequente um tema de forma quase nacionalista – Brasil, Pátria Educadora – e em menos de uma semana sabemos que foram cortados sete bilhões do orçamento na área da Educação, justamente, e temos de nos calar porque ela é candidata à oitava maravilha do mundo, é competenta e valenta.

Difícil ser jornalista. Difícil ser colunista. Difícil ser crítico. Difícil ser cronista. Difícil discordar. Difícil querer discutir. Difícil concordar. Difícil discordar, concordar, discutir. Andamos numa corda bamba e tanto. Ao mesmo tempo, quem lê jornal e acompanha os fatos reportados pelos jornalistas sente-se como um palhaço no centro de um picadeiro de um enorme circo. Anunciamos que eles disseram que baixariam tarifas e elas sobem. Dizemos que as investigações serão feitas. As palavras às vezes já parecem apenas estar sendo levadas ao vento.

Quem defende os jornalistas? Somos saco de pancada de todos os lados, e assassinados tanto lá fora como aqui, e em número recorde. Ninguém vira herói. Nos matam de diversas formas. Só nessa semana houve mais de uma centena de demissões em redações grandes. Uma das editoras mais importantes do país perdeu metade de seu espaço físico. Um safado feito ministro, pior, de novo, já que em outras áreas onde já andou só semeou bobagens, agora quer censura, lei de controle da mídia, que ainda tenta explicar! É aplaudido, inacreditavelmente, por jornalistas que até já estiveram na lista de admirados, mas que agora, sinceramente, parecem apenas querer coletes salva-vidas para suas salvações particulares e individuais.

É nesse cenário que estamos discutindo tanto quem é “Charlie” e quem não é. Vendo como imediatamente as forças da imprensa francesa se uniram para não deixar que uma revista acabasse, enquanto aqui vemos gente com a ousadia de comemorar – quase que soltando rojões – o fim de jornais, revistas, demissões e nos mostrando uma distância incrível do mundo civilizado.

Onde a liberdade seja respeitada. Ou, no mínimo, haja respeito entre uns e outros. Para continuarmos balançando como Joãos Bobos, também conhecidos como Joãos Teimosos.

Mas pode nos chamar de Charlie.

São Paulo, 2015 já raiou.

Marli Gonçalves é jornalista – Embasbacada diante de tudo isso.

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POR FAVOR, SE REPUBLICAR, NÃO ESQUEÇA A FONTE ORIGINAL E OS CONTATOS

Bronca 1: festinha de modernos deixa lixo na árvore. Oscar Freire/Jardins #árvorenaoélixeira

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Não é uma beleza? Assim estava a árvore hoje pela manhã, depois de uma festinha cheia de gente moderna, linda, tatuada, furada, esperta, mas que não sabe onde por o lixo.

#ÁRVORENÃOÉLIXEIRA

ENTRE NESSA CAMPANHA VOCÊ TAMBÉM. OU AO MENOS REPARE COMO AS COITADAS SOFREM NESSA CIDADE DE SP

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450 mil acessos por aqui. OBRIGADA, TURMA!!!

450 MIL ACESSOS SE COMPLETAM HOJE AQUI NESSE BLOG QUE TEM A HONRA DE CONTAR COM LEITORES ESPECIALMENTE MARAVILHOSOS, FIÉIS, LINDOS, CARIDOSOS, RICOS, INTELIGENTES, SEXIES,  E ETC E TAL.neon

homSe você não tem noção isso é muita gente, é muito legal.

É quase meio milhão.

Não tem propaganda.

Não ganho nada com ele. Faço nos minutos vagos e com amor e carinho.

Publico tudo o que acho que é importante.

Agradeço também às várias colunas de amigos que fornecem notícias

t313773432_27555_5Agradeço os links por aí

Agradeço a quem me segue no Twitter @MarliGo

e no Facebook…e no Instagram

Agradeço até os que tentaram vir fazer cocô por aqui e que foram rejeitados, sorry, que aqui é lugar de gente de bem

Agradeço aos gifs animados que dão a exata ideia do que penso sobre os temas

Agradeço especialmente aos leitores fiéis que vêm acompanhando meus artigos, entre os quais fiz muitos amigos, além de ter muita gente de primeira, primeiríssima linha, de quem sou fã confessa, tiete, mesmo! E que passam por aqui também.

Agradeço o apoio às minhas campanhas cidadãs. Teve a da PERERECA FLAUTINHA, para 0147simbolo de São Paulo. Tem a PATRULHINHA URBANA.

TEM A #ÁRVORENÃOÉLIXEIRA

soubrette001O espaço livre daqui está escasseando. Já aproveito para começar a divulgar também  o outro espaço que já abri

marligoncalves.wordpress.com

( Impressões & Imprensa)menagere005

 

 

Aqui a gente lava, passa, seca, torce, pendura no varal, faz tudo, ao mesmo tempo agora…

 

 

ÁRVORENÃOÉ LIXEIRA: BAR NUMERO PORCÃO. VEJA INTERVENÇÃO CIDADÃ. O LIXO VOLTOU PARA A CASA DE ONDE SAIU.

Chega!

SOCORRO, AUTORIDADES

FESTA DO DOLCE & GABBANA – INFERNO PARA OS VIZINHOS DO BAR NUMERO NA RUA DA CONSOLAÇÃO – JARDINS

BUZINAS, BEBADOS, GRITOS, TUDO O QUE VOCÊS PODEM IMAGINAR. E DE MANHÃ, O LIXO DESSES SAFADOS NA ÁRVORE DA RUA. VEJA ABAIXO O REGISTRO COMPLETO DO DIA QUE, MAIS UMA VEZ, ME REVOLTEI.

TODO O LIXO DA ÁRVORE FOI PARAR DE NOVO NA PORTA DELES.

ANOTEM:

BAR NÚMERO É PORCÃO

LOJA MARES GUIA, DA MARES GUIA, A CHIC, TAMBÉM AJUDA NAS FESTAS. FICA AO LADO.

CHEGA!

O ASSUNTO JÁ ESTÁ NO MINISTÉRIO PÚBLICO – ESPERAMOS QUE TOMEM PROVIDÊNCIAS URGENTES, URGENTES, URGENTES!

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#ÁRVORENÃOÉLIXEIRA# – VEJA COMO ACHEI A RUA HOJE, EM UM SÓ QUARTEIRÃO. TODO MUNDO JOGA O LIXO, ESCORA O LIXO, ENFIA O LIXO…NAS ÁRVORES

#árvorenaoélixeira