ARTIGO – Pode vir quente, que estou fervendo. Por Marli Gonçalves

Todo assunto anda quente, literalmente quente, alguns mais do que outros, até com labaredas que queimam tudo por onde passam deixando um rastro de destruição e áreas que muitos de nós nem estaremos mais por aqui para nos certificar se houve tempo de dar um jeito. Se do nada, das cinzas, surgirá algo bom e renovado. Vocês sabem que a verdade é que até a fênix renascendo das cinzas é lenda, embora seja mesmo uma bela história.

vagalume

Juro. No meio desse fogaréu da onda de calor, da janela de meu apartamento, vi um vagalume noite passada. Esfreguei o olho, estiquei o que pude minha própria visão, pus óculos de longe, fiquei alguns minutos reparando se não estava vendo coisas. Não. Vi um vagalume. Um só. Ele volitava em torno de uma arvorezinha chinfrim, tadinha, onde vivem pondo lixo aos seus pés, e que eu já cansei de me indispor com o restaurante em frente por causa disso.

Árvore não é lixeira. Árvore não é lixeira! Será que agora depois desses últimos dias nos quais as árvores se rebelaram chacoalhadas pelos ventos fortes, caíram, às centenas, matando, levando fios, postes, derrubando muros, prendendo gente em casa, deixando milhões sem luz, e até sem água, alguém vai se tocar do quanto elas sofrem numa cidade como São Paulo? Temo que não, embora até esteja vendo reportagens na tevê enaltecendo a importância delas. Continuo minha campanha solitária repetindo Árvore não é lixeira.

O povo não percebe que o lixo – que enfiam nelas bem enfiadinho, mesmo que haja um outro lugar, como um poste, ao lado – mina a base, de muitas já atacadas pelos famigerados cupins, que ódio tenho deles.  O cachorrinho faz cocô, o tutor até cata com uma pazinha e cara de nojo, põe num saquinho de plástico (repara que sempre são bem coloridos), dá um nó e paf! Joga lá no pé da árvore, às vezes fica quase um arco-íris. Também tem quem as encha de pregos e cartazes, abrindo feridas. Isso quando as coitadas não têm ainda mais o azar de ter como vizinhos gente que acha que suas folhas sujam o chão, que atrapalha alguma manobra da garagem ou até mesmo a fachada do bar. Cansei de saber de malucos jogando óleo quente ao pé delas até conseguir que morram, assassinos. Não foi por menos que se rebelaram esses dias, como que combinando uma vingança. Sobrou para a concessionária de energia elétrica, a tal Enel. Sobrou para a cara de pau do prefeito que só pensa naquilo, a eleição do ano que vem.

(Parênteses: é tão descoordenada a ação da Prefeitura por aqui que no mesmo dia, temperatura de quase 38 graus à sombra, no qual uma criança de dois anos foi esquecida dentro da perua de transporte escolar de uma creche municipal e morreu, sem ser notada por ninguém, nem pela creche onde não chegou, uma tristeza enlouquecedora, na propaganda de noite o prefeito falava que “sempre há vagas nas creches da cidade, preparando o futuro de nossas crianças”). Pois é.

Mas vou voltar a falar do meu vagalume. Amo vagalumes e já há anos não via nenhum porque não tenho viajado, continuo aqui na urbanidade total onde só rolam baratas em série escapando dos bueiros. Aranhas! Não sei você, mas nos últimos tempos elas têm sido bem presentes e em todos os locais da casa, aquelas pequeninas pero perigosas, pretinhas (sim, são pretinhas) e as horrorosas, marrons. Não andam, pulam. Pulam e somem, não deixam para trás nem as teias. Fora isso, as abelhas sumindo e outro dia li uma matéria observando que nem os insetos antes comuns se esborracham mais nos para-brisas, nas estradas, como acontecia.

Estamos em completo desequilíbrio da natureza. Não é de hoje. Mas agora o povo tá acordando e dando nome para o perigo com o qual decididamente não sabemos e nem temos qualquer condição de lidar, despreparados todos para as consequências cada vez mais cruéis. São as pomposas mudanças climáticas, do qual estamos ouvindo falar com frequência, como se coisa nova fosse. Até o Ministério do Meio Ambiente ganhou mais letras na porta: agora é do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil. Aliás, não tenho visto muito a Marina Silva nesse meio tempo de horror, estranho. Não era ela quem devia estar cuidando desse preparo para o futuro sem que sejamos fritos pelo calor, ou afogados pelas enchentes, ou levados pelos ventos?

Nada está normal. Calor sempre tivemos, tudo bem, somos um patropi. Mas está insuportável aqui na selva de pedra, mais abafado, congestionado, irritante. Para descrevê-lo, se não o sente, vou ter de usar uma vivência que mulher nenhuma deseja nem para seu pior inimigo ou inimiga: a menopausa. Está sentindo muito calor? Incontrolável? Tá afogueado, suando de pingar, com os nervos à flor da pele? Pois bem: saiba que é assim que as mulheres se sentem durante um bom tempo quando entram na menopausa. É horrível. Assim mesmo. Não há ar condicionado que dê conta, muito menos os desregulados que gelam ossos, choque térmico total.

É ou não é para achar que foi algum sinal dos céus, uma luz, o que vi? Vi um vagalume. Vi sim.

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MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon).

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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vagalumes - calor - quente

ARTIGO – Cracolândia ou Terrorlândia: a cidade que anda. Por Marli Gonçalves

Cracolândia, este é o assunto de hoje. Aliás, de ontem, de amanhã, de anos a fio, sem solução e só piorando em proporções. Uma “terra” móvel, como imigrantes ao mar, só que aqui no asfalto, debaixo de viadutos, espalhada, sem salvação, nem beira de praia. Nessa terra não há cavaleiros andantes, nem moinhos ou Dulcinéias, embora alucinações por ali sejam constantes. Há um êxodo de seres se movendo para lá e para cá na Terrorlândia.

CRACOLÂNDIA OU TERRORLÂNDIA
Praça Princesa Isabel, Centro de São Paulo, quando ocupada como Cracolândia

Difícil descrever com exatidão o que se vê distante nos noticiários, mas nunca tão perto para resguardar a segurança de quem produz imagens. E nenhuma sensação é tão forte quanto ver na realidade, cara a cara, passar por ali e tentar, mesmo com muito medo, deter o olhar naquelas pessoas transtornadas e deformadas que se deslocam pelas ruas do centro de São Paulo.

 Atravessam ruas, se jogam diante dos carros, maltrapilhos, cobertores às costas, às vezes sobre as cabeças como tenebrosos fantasmas cinzas. Alguns dançam, com esgares, uma música silenciosa, interna, na viagem alucinada que fazem sob efeito de drogas cada vez mais pesadas, químicas, crack, K-9, misturadas ninguém sabe mais ao quê e que consomem em cachimbos, da forma que as obtêm, em pacotinhos, pinos, comprados com o que roubam, ou com a entrega muitas vezes de suas próprias roupas, com o pouco que ainda lhes resta. Parecem sempre espantar demônios. Seus corpos executam movimentos e posições inimagináveis desenhadas por delírios, expostos em gritos de bocas desdentadas, olhos esbugalhados em rostos definitivamente destruídos.

Homens, mulheres, muitas arrastando crianças, não há gênero possível de ser identificado quando todos viram zumbis e como nos filmes se juntam, quando parecem todos iguais, e são realidade. Não, não são todos iguais. Um olhar atento consegue praticamente identificar os que ali estão há tempos, os que estão no fim e os que chegaram há pouco, diariamente. Basta reparar se ainda tem cabelos, ainda um brilho no olhar, se algo limpo cobre seus corpos, muitas vezes até uma roupa de grife aponta para jovens de classe média que logo se perderão entre outros, ali no meio do lixo, jogados nas sarjetas, no meio fio, andando para lá e para cá desde que foram espalhados como infestação de baratas diante de coturnos.

De um lugar, ocupado desde os anos 90 perto da Praça da Luz, a que se costumou chamar Cracolândia, foram empurrados e se acomodando na Praça Princesa Isabel, Avenida Rio Branco, pontuada pela imponente e eminentemente de ode militar estátua de Duque de Caxias, montado em seu cavalo, atitude e espada em riste. Esculpida por Victor Brecheret, 48 metros de altura, inaugurada em 25 de agosto de 1960 o monumento fará agora 63 anos. Até 2008 era a maior estátua equestre do mundo, uma curiosidade no meio dessa tragédia humanitária diante de nosso nariz. Agora a praça está cercada.

Ali tudo ficou parecido a um enorme campo de guerra, confinado, barracas de sacos plásticos presos, famílias inteiras em situação de rua. E sempre programas e programas de nomes bonitos sendo anunciados governo após governo como solução, um depois do outro, todos fracassados: Recomeço, Braços Abertos, agora o Redenção, esse que tropeça na região há mais de quatro anos, o coturno que tirou todos da Praça e os espalhou, descontrolados, agora o fluxo levando terror ainda maior à região, sujeita a mais invasões e arrastões à luz do dia, assaltos, gangues, mortos, feridos, quebra-quebras: a Terrorlândia nasceu. Diariamente, embates com policiais e comerciantes desesperados com o fim de seus negócios, ruas inteiras dominadas.

Óbvio é que há comando superior, poderoso, na distribuição das drogas, em bancas a céu aberto, e dali só saem presos os peixes pequenos dessa terra maldita. E pululam medidas de mentes “brilhantes”, como a isenção de IPTU desenhada como a cara deles, um quarteirão sim, outro não; uma esquina, como se isso resolvesse algo e não fosse geral a lambança. Entre as tentativas mágicas das autoridades que batem cabeça e cabelo, mais uma. Agora chama, em inglês, “Hub”, o centro de tratamento mais próximo, que era Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas).

Solução eu não tenho, infelizmente. Nem eles; e a Terrorlândia já é uma das maiores desgraças nacionais, como se ainda estivesse faltando alguma para a gente contar.

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marliMARLI GONÇALVES Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon).

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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#ADEHOJE – O BRASIL DESABA? NO MÍNIMO, EXPLOSÕES DIÁRIAS

#ADEHOJE – O BRASIL DESABA? NO MÍNIMO, EXPLOSÕES DIÁRIAS

 

SÓ UM MINUTO – Dois prédios desabam no Rio de Janeiro, e até o momento duas mortes e vários feridos. Os prédios, construídos irregularmente em áreas ambientais, são de quem? Da milícia, que parece que é o que governa o Estado e tenta se implantar no país, com violência, truculência e aparato paramilitar. Todo dia temos noticiários alarmantes sobre as condições que se encontram vários equipamentos públicos. O de hoje é o hospital do Servidor Público Municipal, e as imagens de baratas correndo pelas paredes da cozinha, além do prédio caindo aos pedaços em cima dos pacientes, também caindo aos pedaços, nos corredores.

Enquanto isso, percebeu a intervenção direta do presidente em cima da Petrobras? Proibindo, com medo da greve dos caminhoneiros, a alta do preço do diesel? Já vimos esse filme no Governo Dilma e sabemos o final da história.

imagem: hospital do servidor público municipal - São Paulo - condições

 

#ADEHOJE – SÓ UM MINUTO – CENSURA, SAI PRA LÁ!

#ADEHOJE – SÓ UM MINUTO – CENSURA, SAI PRA LÁ!

SÓ UM MINUTO – Por favor, todos atentos. Quem resolve o que quer ou não quer ver somos nós! Por ordem do excelentíssimo senhor Governador Wilson Witzel, a exposição “Literatura Exposta” que estava na Casa França-Brasil , no Rio de Janeiro, foi encerrada um dia antes do previsto. Uma performance do coletivo de artistas És Uma Maluca, utilizaria a nudez feminina e referências à tortura durante a ditadura militar no Brasil, encerraria a mostra. Inventaram mil desculpas para dizer que não era censura. É censura, sim. A obra “A Voz do Ralo É a Voz de Deus”, também do coletivo És Uma Maluca, já havia sido vetada pelo diretor da Casa França-Brasil, Jesus Chediak. Jesus!

ARTIGO – As moscas estão zunindo por aqui. Por Marli Gonçalves

 

49f7cc19473747-562db04e6e330Elas atiçam nossos instintos mais primitivos. Nossos pensamentos mais torpes e violentos de destruição em massa. Pensamos em alguma bomba nuclear, extermínio cruel, veneno milagroso. Mas no máximo, as atacamos de pijamas e tentamos pegá-las – ao menos algumas – com ridículas raquetes elétricas xingling, e só pelo prazer da vingança de ouvir aquele barulhinho de fritura e sentir o cheirinho do queimado. São fêmeas empoderadas, cheias de querer, de fome de pele, suor, sangue. Atacam à noite, e são capazes de estragar todo o seu dia seguinte. Deixam marcas e suas passagens sempre têm o forte alarido; fazem muito barulho com suas asas batendo em nossos cangotes, provocativas, roçando nossos ouvidos

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ZZZZZZ.

As moscas, as pernilongas estão chegando. Não querem mais cair na sopa, mudaram o paladar. Querem gente, mostrar todo o poder dos insetos sobre a raça humana, e que não há metrópole que as assuste. Não deviam mais ser a manchete de todo ano, todo verão, mas estão aí e são cada vez mais poderosas, numerosas, agressivas e com capacidade de guerra mortal multiplicada. Algumas tipas vestidas de listrado trazem em si a tragédia causadora da zika que compromete gerações futuras, da chikungunya, que imobiliza, da dengue, que derruba. Assassinas.

Não dá para não lembrar o que, para mim, é um dos principais filmes de terror da história do cinema, quiçá da humanidade, e não teve a participação nem de Hitchcock, nem de Boris Karloff: A Crônica de Hellstrom, premiado documentário americano de 1971, sobre os insetos e sua absurda capacidade de sobrevivência. Quem viu traumatiza pra sempre.

Pois eles, esses pequeninos monstros, estão aí para não nos deixar mentir (nem dormir em paz). Atacando sem dó no país que não se livra das mazelas, as cultiva. Não limpa seus rios, os suja. Misérias que criam criadouros de comunidades inteiras de coisa ruim. No país que consegue até a volta de doenças erradicadas, e notícias de surtos assombram, febre amarela, urina negra. Outro dia, lá em Roraima, acharam um foco de barbeiros causadores do Mal de Chagas. Sabe onde viviam? Pensam que estavam numa casa de taipas, de barro, de tijolos? Não, estavam confortáveis dentro de um ar condicionado de uma residência de alto padrão. Subiram na vida. Pelas nossas costas. Pelas nossas pernas, pelos nossos braços. Fazendo a gente se coçar.

Não é para se preocupar? Aqui em São Paulo está havendo uma séria infestação de pernilongos (pernilongas, que são as que mordem, igual a presidentas). Se ainda não foi uma de suas vítimas, procure saber. Falam que são daquelas mais simplesinhas, populares, zumbido em língua portuguesa, e aquela preguiça tradicional. Depois que nos picam e enchem as suas barriguinhas precisam descansar um pouco. Se encostam na parede para o amadurecimento dos ovos. Evitam principalmente o voo para economizar energia. Voltam a atacar logo após a postura dos ovos. Boa hora – essa de sua distração – inclusive para ganharem uma boa e bem acertada chapoletada para voarem longe antes de descarregarem seus milhares de ovinhos em nossas coisas pelas redondezas, como fazem.

Claro, lembre que esse assassinato deixará marcas de sangue espatifado nas paredes – provavelmente o seu mesmo.

Em Minas Gerais, o bem sério surto de febre amarela. Transmitida por quem? Pelo mesmo Aedes aegypti, o pernilongo de facção criminosa, que também passa a febre amarela urbana; as espécies Haemagogus e Sabethe transmitem a febre amarela silvestre – animais silvestres infectados fazem parte desse ciclo. Já se analisa se têm a ver com a tragédia da lama de Mariana e no Espírito Santo ( para onde também correu essa lama) já há quase uma centena de mortes de macacos infectados

Tudo de ruim ultimamente passa por essa pernilonga Aedes (os machos, meio cafetões, ficam por perto só esperando que as moças voltem para seus ovos, ou procurando alguma que tenha zumbido bom para copular e criar mais pernilonguinhos).

Pernilongos andam grandes distâncias, de carona. Todos os meios de transporte, inclusive elevadores. Quando fixam residência ficam por ali sempre num raio de 300 metros. Com 270 a 307 batidas de asas por segundo, as ondas se propagam pelo ar e são o zumbido infernal que nos atormenta. Escolhem suas vítimas por cheiros e uma pesquisa disse que adoram bebedores de cerveja, cheiros que detectam a 36 metros de distância.

Longe de mim pretender que vocês agora tenham mais pesadelos ainda com esses monstrinhos de milímetros, mas com toda essa movimentação mundial parei para pensar que talvez também haja êxodo desses insetos, de mais variedades de suas espécies, e nossas políticas de saúde pública não são as melhores. Bem, nossas políticas todas não são as melhores.

Já pensaram? E se acaso a tsé-tsé resolver também vir morar aqui no pais da malemolência?

ZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

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20160813_143252Marli Gonçalves, jornalista – Depois que infesta, eles, os que mandam, saem correndo para mitigar, fumigar, fumaçar os bichos. Neste progressivo país, vale lembrar que ainda tem as pulgas e baratas. Os carrapatos. Principalmente os que grudam no poder. Os escorpiões que nos picam todo dia com suas traições

São Paulo, calorento, insone, 2017

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Para quem você daria a ‘guarda’ de uma barata? Zoo ainda oferece batizar com nome do “inimigo”, do infeliz, do safadeco ex, e ainda dá certidão. Só não pode levar pra casa.

baratasZoo dos EUA ‘batiza’ escorpiões e baratas com o nome do seu ex

‘Adoção’ é apenas simbólica e inclui doação ao zoológico de San Francisco.
Certificado ‘batiza’ bicho nojento com nome do ex que partiu seu coração.

 FONTE: Do G1, em São Paulo

O zoo não envia animais vivos a quem adotar, mas apenas um escorpião de pelúcia ou uma barata de plástico, além de um certificado com o nome da ex-cara-metade, em troca de uma doação.

Certificado de adoção e caixa de baratas de plástico (Foto: REUTERS/San Francisco Zoo/Handout via Reuters)Certificado de adoção e caixa de baratas de plástico (Foto: REUTERS/San Francisco Zoo/Handout via Reuters)
Adoção é apenas simbólica, e quem adotar não vai levar o animal para casa (Foto: REUTERS/San Francisco Zoo/Handout via Reuters)Adoção é apenas simbólica, e quem adotar não vai levar o animal para casa (Foto: REUTERS/San Francisco Zoo/Handout via Reuters)

Onde anda o velho Mc Donald`s? Baratas em todo o país. Essa é gaúcha.

Equipe da Guaíba flagra barata em lanchonete no Centro da Capital

Franquia do McDonalds já havia sido interditada, em fevereiro, devido à infestação

No começo da tarde desta quarta-feira, duas produtoras do departamento de jornalismo da Rádio Guaíba flagraram uma barata entre os restos de comida em uma das mesas da franquia do McDonalds, no shopping Rua da Praia, no Centro da cidade. O caso ocorre quase dois meses depois de o estabelecimento ser interditado e dedetizado. A reportagem entrou em contato com a Vigilância Sanitária da Capital, que orientou as jornalistas a fazer o registro da ocorrência pelo telefone 156.

De acordo com a assessoria do órgão, uma nova vistoria só pode ser agendada depois de uma denúncia formal. Uma das produtoras entrou em contato pelo 156, onde a atendente lhe informou que apenas a Vigilância pode receber a denúncia. Ela ligou, então, para o número fornecido – 3289.2441 – e ficou sabendo que é preciso mandar um email ou comparecer pessoalmente à sede do órgão para fazer o registro. A partir daí, o prazo para a análise do caso e a possível vistoria é de sete a 15 dias. A assessoria responsável pela rede McDonalds no Estado ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

No dia 16 de fevereiro a lanchonete foi interditada, quando uma vistoria da Vigilância Sanitária Municipal comprovou a presença dos insetos. Dois dias depois, a lanchonete foi liberada.
 

 

Fonte: Camila Kila/Rádio Guaíba

“BULLYNG” NA TEVÊ. E O POVO RI. QUE GRAÇA TEM?

EU ADMITO QUE JÁ TENHO UMA CERTA PREVENÇÃO COM ESSES PROGRAMAS TIPO CQC E PÂNICO, QUE VÊM SEGUIDAMENTE EXTRAPOLANDO O BOM SENSO.

POIS BEM, O TAL RAFINHA CORTEZ, INVENÇÃO SEM EIRA NEM BEIRA, TOMOU UMA CUSPARADA NA CARA DO ATOR PAULINHO VILHENA QUE GENTE BOA, BOA, NÃO É. MAS QUE DEMONSTROU CLARAMENTE NÃO TER GOSTADO DA ” BRINCADEIRA” DO HUMORISTA QUE SE FAZ DE JORNALISTA E VICE-VERSA.

AGORA, ESSA AQUI. PELO MENOS TALEZ PENSEM DUAS VEZES ANTES DE FAZEREM BRINCADEIRAS SÃO SEM GRAÇA. TÃO, COMO ESTÁ NA MODA DIZER, BULLYNG

DA COLUNA DO CLAUDIO HUMBERTO

Programa Pânico na TV deve pagar R$ 100 mil por jogar baratas em mulher

O Superior Tribunal de Justiça determinou que o grupo TV Ômega (Rede TV!) pague R$ 100 mil em indenização a uma mulher, vítima de uma brincadeira feita pelo programa Pânico na TV. Um dos humoristas do programa jogou baratas vivas sobre uma mulher que passava na rua. Segundo a decisão da Quarta Turma do STJ, a suposta brincadeira foi um ato de ignorância e despreparo e  a indenização deve reparar não só os danos morais, mas também a veiculação de imagens sem autorização.

No processo, a vítima da agressão disse que a “brincadeira” foi além de um mero transtorno e se transformou em desgosto. Sob o impacto do terror repentino, ela alegou que não conseguiu trabalhar por determinado período

Obama não fechou o Amarelinho, no Rio. Mas as baratas…

Tradicional restaurante do Rio é interditado após fiscais encontrarem baratas e comida vencida

Do UOL Notícias
Em São Paulo

O tradicional restaurante Amarelinho, que fica na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, foi interditado nesta quarta-feira (23) durante fiscalização realizada por policiais da Delegacia do Consumidor. O estabelecimento foi inaugurado em 1921.

Segundo informações da polícia, foram encontrados cerca de 100 kg de alimentos impróprios para consumo, além de baratas mortas no chão da cozinha.

Policiais e funcionários da Agência da Vigilância Sanitária (Anvisa) apreenderam mercadoria com prazo de validade vencido e sem a etiqueta do órgão.

O gerente do restaurante foi detido e deve responder por crime contra as relações de consumo, afirma a polícia.

ARTIGO – O mundo está mesmo muito estranho

Marli Gonçalves

“Meu, o mundo tá muito estranho”. Duvido que você não tenha ouvido essa frase nesta semana de horror. Que não tenha concordado com ela. Duvido que também não tenha medo, e não se sinta como uma barata tonta, sendo pisada, caçada por algo maior, desconhecido, imensurável, complexo, chamado Futuro, sobrenome Natureza, e apelidado Destino

Maremoto, que dá tsunami, terremotos e o risco de um desastre nuclear sem precedentes em uma das maiores e mais desenvolvidas nações do mundo, o Japão. Era mais do que a gota d’água que faltava para a gente ficar paranóico de vez. Não precisa nem esperar 2012 quando uns malucos de pirâmides douradas juram que sabem que o mundo vai acabar. É todo dia. Toda hora. Cada notícia mais louca que outra, mais constante, mais punk, mais esquisita. Isso além daquelas que são i-na-cre-di-tá-ve-is, tanto, mas tanto, que chegam a ser folclóricas.

Nós, aqui, ainda temos de aguentar umas catracas que nos governam fazendo catraquices, como por exemplo, nossa representante na ONU se abstendo de votar sanção contra a Líbia do Kaddaffi (gosto assim, dois ds, dois fs). Não parece mesmo o fim do mundo uma decisão como essa tomada justamente quando os kaddaffinhos afirmam, o povo como refém, que haverá banho de sangue civil correndo por ali? Kaddaffi e os kaddaffinhos me lembram dos mafagafos e mafagafinhos, bem monstrinhos. Nossa política internacional? Esta nem me lembra nada de tão chutada que é.

Justamente nesta semana, completando o quadro, o homem mais poderoso do mundo, o presidente americano, o primeiro presidente negro, Barack Obama, vem para cá, para encontrar com a primeira presidente mulher do país, Dilma, e no meio de todos esses acontecimentos internacionais. Mais? Esperavam dele um discurso histórico; primeiro seria lá na Cinelândia, mas o barato foi cortado. Digamos que julgaram que seria mais seguro Obama aparecer em sala fechada e bonitinha, como o Teatro Municipal, todo mundo sentadinho e bem revistado. Por causa de Obama, até Cristo foi revisado, revistado por tropas de elite. Pede para sair! Ainda querem levá-lo para passear e ver um pouco de pobres e miséria, em uma favela, ou alguma outra “pracinha” de uma pacificada cidade do Rio de Janeiro, o Rio. Agora, dizem que pretende tomar um banho de mar. Descarrego no Rio de Janeiro? O Rio de março.

Nessas águas e nas passadas. Neste ano, nem precisamos por os peitos na janela. Bastou ligar a televisão e por ali passou tudo: a banda e as casas e as pessoas, árvores e os animais, todos carregados, levados na enchente da serra fluminense. Vimos carros empilhados, mortes e desespero também nas enchentes do Sul e resto do Sudeste. São Paulo boiou.

E fez calor. Muito calor, um calor opressivo. Não era só o calor do verão, o tão esperado. Era um forno maldito, sufocante, incapacitante. Choveu, choveu, choveu. Tudo bem. Mas e os raios? Muitos raios, relâmpagos, descargas – como nunca antes – crisparam, cindiram, rasgaram os céus de forma apavorante.

Lá fora um frio cortante, neve para mais de metros. E gritos, muitos gritos de liberdade, vindos do Oriente Médio, de cada pedacinho. Um diferente do outro, mas todos parecidos, pesados, violentos, religiosos, remotos. Enfáticos, assim como as palavras que preciso usar. Vozes que se levantaram mesmo que vindas de debaixo das burcas pesadas, só os olhos de fora, túnicas e crenças míticas, sacrifícios em acampamentos. O pavio queimando, como o das velas de aniversário que apagam e acendem, a qualquer fagulha.

E veio a água e o tremor. Ou o temor, como aprendi no sábio I-Ching“Há de se saber diferenciar o tremor do temor”, li certa vez e jamais esqueci. Como no oráculo chinês, só se vê como previsão água sobre terra, vento sobre terra, lago sobre céu, céu sobre terra, fogo sobre montanha.

Nós? Corremos como baratas quando fogem de nossos pés e vassouras, dos bicos finos de nossos sapatos. Dos sprays que lhes empunhamos como canhões e jatos de efeito napalm. Queremos matá-las. Extermínio seria uma palavra adequada. (Me perdoem os budistas)

Sempre fui, mas realmente ando mesmo ainda muito mais impressionada com as baratas. Para me apavorar, fazer o tradicional terrorismo “brother”, meu irmão me contou que viu num documentário como elas são capazes de se comprimir, ficarem chatinhas e como, assim, conseguem e conseguirão escapar – ele descreveu, sádico, citando cada imagem, imitando a barata ficando chatinha. Fazendo cara de barata achatadinha.

Dizem que são os únicos bichos que sobreviveriam a uma hecatombe nuclear. Eu ouvi. Agora fico sabendo de operações de resfriamento de usinas radioativas com ácido bórico, o que eu achava que matava as baratas, e vejo aqueles helicópteros sofisticados carregando “baldinhos”, como parecem de longe aquelas toneladas de água e as moscas voadoras enormes, para lá e para cá, trazendo também a água do mar, e com o ácido. O ácido bórico. Quantas visões aterrorizantes!

Hãhã. Esse mundo anda mesmo muito estranho.

São Paulo, distante 396 km de Angra dos Reis, e a nove meses de 2012.

(*) Marli Gonçalves é jornalista. Virei blogueira também, vocês já sabem (https://marligo.wordpress.com). Mas se eu pudesse captar tão fácil R$ 1,3 milhão para fazer um blog¸ como a Bethânia conseguiu com seu projeto de “extrema bondade poética com esse povo ignorante de poesia”, acho que também postaria um vídeo por dia, Com o que vocês quisessem. Talvez até topasse cenas de nudez! E como diz meu amigo, por um milhão? Ok! Faço por 880 se for sem nota…

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O que é pior é que quando essas cascudas morrem, o carro do IML demora para ir buscar. E o cadáver fica lá esperando que alguém o retire do local.

materinha do g1 – sobre baratas e doces

18/02/2011 20h08 – Atualizado em 18/02/2011 21h36

Loja de doces no Rio de Janeiro é interditada por infestação de baratas

Vigilância Sanitária constatou grande quantidade de insetos na loja.
Advogado afirma que havia ‘pouquíssimas baratinhas’ no local.

Mirella Nascimento Do G1, em São Paulo

Marcia fotografou pacote de bala com ovos de baratas. 'Minha filha comeu metade', contou. (Foto: Arquivo pessoal)Marcia fotografou pacote de bala com ovos de
baratas. ‘Minha filha comeu metade’, contou
(Foto: Arquivo pessoal)

Uma loja de doces em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi interditada na tarde desta sexta-feira (18) em função de uma infestação de baratas.

A interdição aconteceu depois que uma cliente da loja procurou a Polícia Militar e a Vigilância Sanitária afirmando ter comprado na quarta-feira (16) pacotes de balas abertos contendo baratas vivas e mortas, além de ovos de insetos. De acordo com a Vigilância Sanitária, a loja Casa do Biscoito localizada na Avenida Nossa Senhora de Copacabana permanecerá fechada por tempo indeterminado até que apresente documentos que comprovem a desinsetização e desratização do local.

Minha filha comeu metade de um pacote de balas com baratas”
Marcia Barboza Barroso,
comerciante

A comerciante Marcia Barboza Barroso, 41 anos, relatou ao G1 que percebeu que os pacotes comprados na loja continham baratas depois que a filha de cinco anos abriu uma das embalagens na noite de quinta-feira (17). “Minha filha comeu metade de um pacote de balas com baratas. Só vi quando ela já estava com os doces na boca. Percebi uns pontos pretos e perguntei ‘Filha, o que é isso?’. Eram ovos das baratas”, disse a internauta, que procurou o G1 pelo Fale Conosco. De acordo com ela, a filha, Manoela, teve uma reação alérgica após comer as balas e está tomando remédio.

Marcia Barboza Barroso com a filha Manoela, de cinco anos. (Foto: Arquivo pessoal)Marcia Barboza Barroso com a filha Manoela, de
cinco anos (Foto: Arquivo pessoal)

Nesta sexta, Marcia voltou ao local após ter feito uma queixa na Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon). “Como eu não tinha a nota fiscal, fui aconselhada a voltar lá e comprar outra coisa, já que todos os pacotes tinham baratas. Chamei a polícia e voltei. Tinha barata por tudo, nas prateleiras, no meio dos pacotes. Baratas pequenas, grandes, ovos de baratas, tudo”, relatou. Marcia diz ainda ter visto funcionários da loja estourando os pacotes de doces para que ocupem menos espaço nas prateleiras e que a loja venderia os produtos com pequenas aberturas na embalagem.

De acordo com a ouvidora da Vigilância Sanitária Zelaide Pereira, uma equipe de fiscalização esteve no local por volta das 15h desta sexta-feira e constatou a infestação. “Foi caracterizada a falta de higiene e a presença de grande quantidade de insetos, principalmente baratas. A loja foi interditada por tempo indeterminado e terá de fazer uma desinsetização e uma desratização, além da limpeza dos resíduos, na loja e no depósito”, explicou Zelaide.

Ao voltar à loja, a internauta fotografou pequenos insetos nas prateleiras, entre as caixas de doces. (Foto: Arquivo pessoal)Ao voltar à loja, a internauta fotografou pequenos
insetos nas prateleiras, entre as caixas de doces
(Foto: Arquivo pessoal)

Outro lado
O advogado da Casa do Biscoito confirmou a ida da equipe da Vigilância Sanitária à loja e afirmou que havia algumas baratas no local. “Havia pouquíssimas baratinhas lá, mas daquelas pequenininhas. E essa baratinha pequenininha não põe um ovo daquele tamanho que está naquelas fotos”, disse Ely José Machado, referindo-se às fotos feitas pela consumidora.

De acordo com o advogado, o estabelecimento apresentou documentos que comprovavam outras visitas do órgão, tendo sido a última no dia 10 de janeiro. Ele afirmou também que a última dedetização estava em dia e que todas as embalagens de doces são vendidas fechadas.

Havia pouquíssimas baratinhas lá, mas daquelas pequenininhas”
Ely José Machado,
advogado da Casa do Biscoito

“O que nos causa estranheza é que ela levou o produto para casa e depois voltou, alegando que tinha isso no produto. Quem pode dizer que esse produto não tenha, na casa dela, entrado barata? Ela teria que, na hora que saiu da loja, olhado se o produto estava aberto e trocado. Aquela embalagem é transparente. Como é que uma pessoa não iria detectar aquela quantidade de ovo de barata para dar para uma criança? ”, questionou o advogado.

Machado afirmou que a loja já retirou todos os produtos das prateleiras e que deve fazer em breve a dedetização da casa para reabri-la o quanto antes.