ARTIGO – Informações da imprensa. Juro. Por Marli Gonçalves

Sim, são informações da imprensa, e note que são elas que ficam entre as mais lidas dos principais veículos do país. Guerra? Até a mais recente já está indo para o rodapé. Privacidade já era, relações saem das quatro paredes e ninguém nem precisou espiar pelo buraco da fechadura ou fazer campana. As sagradas manchetes são marotas, armadilhas.

Jornalista há mais de 45 anos, com passagem pelos principais veículos, leitora atenta, e profissionalmente transmitindo informações sérias, mas que cada vez perdem espaço ou atenção. Não há como deixar de notar cada dia o quanto a imprensa mudou para pior nos últimos anos, na caçada por audiência, leitores, assinaturas, com a vida digital, podcasts onde as “celebridades”, muitas até questionáveis serem assim apresentadas sob este epíteto, se abrem. Ocupam amplos espaços, generosos, fotos, vídeos, chamadas na antes sagrada primeira página.  Para declarações fortes não há mais necessidade de insistir ou bebidinhas e outros aditivos, como na época do Pasquim e suas deliciosas entrevistas, com aquele grupo do primeiro time. Nem precisa. Para ganhar primeira página, seguidores, “visibilidade”, os entrevistados já vão com a polêmica na ponta da língua, se é que me entendem. Fofocas, e sexo, muito sexo, melhor se for com mais de um, ou assumindo alguma nova orientação. Flagrantes arranjados nem dependem mais de paparazzis, agora amados e bem pagos. Sorria, a pose é para um recebidinho daqui, dali, empina. Tudo rende para os citados. Fora os conselhos de saúde, ultimamente incluindo de cirurgias a cogumelos. As ridículas encenações de chás revelação de sexo rosa/azul de bebês ( quem inventou isso?). Ostentação. Redes sociais viraram as fontes escarafunchadas dia e noite, “segredos” revelados.

Para você se distrair, tive a paciência de reunir e misturar algumas das importantes informações dos últimos dias, que você pode ter perdido. Aliás, também não sei quem são muitas dessas pessoas, e no que podem mudar nossas vidas.  Mas dá pra dar boas risadas, principalmente com a forma dos títulos das manchetes.

‘Três anos que não coloco salsicha na boca’, conta Hasselmann sobre dieta. Confeiteira que fez bolo de R$ 58 mil para filha da Virginia presenteia Ana Maria Braga. Denise Rocha diz que já fez sexo por mais de 14 horas em um só dia. Luísa Sonza se revolta após público cantar Chico: “Vai se foder”.  Após passar mal, Virginia fica com rosto empolado por conta de alergia. Filha de Gloria Pires mostra luxuosa mansão da família em Brasília. João Guilherme e Maisa combinam fantasia e acendem rumores de affair.

Por que as pessoas dão cada vez menos tchauzinho no Zoom? Justiça bloqueia contas da ex-deputada Joice Hasselmann, mas acha só 5 centavos. “Estou me redescobrindo como pessoa”, reflete Camila Queiroz. Silvero Pereira escolheu música de seu velório durante tensão em voo. Anitta diz que emprestou calcinha a Luisa Sonza: “Auge da intimidade”. Jade Picon encontra gambá em casa e debocha do irmão: ‘Parece você’

Rico Melquíades revela que ficou viciado em remédio após críticas. Bocardi deixa jornalista sem graça com foto de bumbum de jogador: ‘Gostou?… Após noivado, Marina Ruy Barbosa mostra aliança de diamante em evento. Graciele Lacerda usa tênis furado e explica: ‘É de estimação’.

Formato de anel de noivado de Marina Ruy Barbosa tem mensagem oculta. Suposta ex-amante diz que Beckham traiu Victoria com modelo. Strippers, calote em hotel e vida em Miami: quem é o filho de Netanyahu, criticado por não estar na guerra.

Conheça a mãe de Isis Valverde, que assumiu novo namorado 30 anos mais jovem e recebeu críticas nas redes. Júlia Rabello diz ter pavor de suruba e como namora gringo sem falar inglês. Aos 67 anos, Fafá de Belém posa nua e recebe comentário da filha: ‘Gostosa’.  Azealia Banks chama Anitta de ‘aspirante de terceiro mundo’ e diz que sua carreira é um fracasso. Filha de Gugu, Sofia Liberato mostra antes e depois de transformação no corpo.  ‘Ninguém transa bem com 20 anos’: Luana Piovani opina sobre sexo na juventude e divide opiniões. Angélica não é a única: mais famosas contam que usam vibrador. Sandy diz que sabe ‘dar aula’ de masturbação e usa vibrador: ‘Eu sei ensinar sobre isso’.

‘Virou moda expor intimidade e uso de vibrador’, diz Tiago Leifert sobre famosos. Camila e Klebber, Angélica e Huck: famosos que usam vibrador no sexo. Lily está com piolhos? Nova fofoca de Simioni em “A Fazenda 2023” faz equipe da peoa tomar atitude. Após passar duas semanas sem fumar, Gusttavo Lima confirma ter adotado estilo de vida mais saudável. Renan Bolsonaro é confrontado sobre homossexualidade e abre o jogo. Luísa Sonza é flagrada aos beijos com bailarina em balada de São Paulo. Jade Picon empina bumbum de biquíni e hipnotiza com beleza natural. Simaria rebate críticas recebidas após sensualizar na web: ‘O peito é meu!’

Está bom para vocês? Informados? Posso ficar sossegada?

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marli - imprensaMARLI GONÇALVES– Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon).

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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ARTIGO – Se uma mulher incomoda muita gente… Por Marli Gonçalves

Uma mulher incomoda muita gente. Muitas, incomodarão muito mais. Impressionante como vem sendo grosseira e até às vezes muito boba a razão e forma dos ataques, comentários e críticas feitas à Janja logo nesses primeiros dias de governo Lula.  Só isso já deixa bem claro o quanto nós mulheres estamos ainda distantes de nossa participação ativa ser avaliada normalmente, sem paixões, sem ciúmes, sem clima de fofoquinha de salões de beleza. Que, inclusive, todas sejamos respeitadas por outras todas – somos a maioria desta nação.

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Momento político tenso. Novas perspectivas. Posse de um líder político e de um partido que renasce para um terceiro mandato anos depois, após período de prisão e baixa total. Consegue reunir uma admirável frente mais ampla de apoio, vencendo uma tumultuada eleição, ameaças de crises e golpes. Forma uma equipe de ministros que pela primeira vez reúne um número recorde – embora ainda minoritário – de mulheres. Ele próprio surge rejuvenescido, e a grande novidade é a companhia de sua nova, mais jovem e bastante ativa esposa, Janja, Rosângela Lula da Silva, 56 anos, socióloga, ativista. E feminista, que bom!

Uma posse histórica, com imagens importantes e simbólicas. E o que ainda nós ouvimos de ecos? O bafafá ao redor da roupa que Janja usou, pela primeira vez ao contrário de um vestido, um elaborado conjunto com pantalonas, com detalhes em bordados manuais e tingimentos naturais, roupa sobre a qual já ouvi de um tudo. Para que entendam do que estou falando, também até vou dar minha “opinião”, que a gente repara mesmo em tudo, mas não é esse o problema: adorei o rabinho do paletó, adoro rabinhos; detestei o bege, porque detesto bege. Pronto? Ah, Teve Lu Alckmin também, outra criticada, mas que vergava um elegante e mais do que clássico vestido branco, midi, pouco abaixo dos joelhos. Chega? Vamos amadurecer?

O que quero dizer é que qualquer coisa que falassem ou vestissem, especialmente a Janja, seria criticada. Qualquer movimento seu passa a ser alvo, e já de forma desmedida, alimentado pela imprensa, inclusive. Porque ela já deixou claro que vai, sim, ter voz, governar ao lado do marido, ter papel de destaque, opinião, e, embora, claro, já maravilhada pelo poder imediato tenha falado bobagens, citado a Evita, essas coisas, não ficará em segundo plano, invisível. Foi quem organizou a posse, que teve até a cadela Resistência, ao lado de representações de toda a sociedade, pobres, mulheres, negros e negras, crianças, deficientes, índios, lgbtqia+, todos participando da colocação da faixa presidencial (depois que o fujão foi pra Disney) e subida da rampa. Os ataques foram severos, e a vida de todos esses representantes foi escarafunchada pela direita raivosa que ainda não admitiu a sua derrota. E mais outros, gente rabugenta, até mulheres que não conseguem ver ninguém se dar bem. Admitam que foi uma sacada de gênia, e a imagem rendeu capas de jornais do mundo inteiro.

Ela, Janja, desde que apareceu ao lado de Lula, mostrou de forma evidente  sua personalidade forte e que não é igual à nenhuma de algumas das primeiras-damas recentes que conhecemos, em geral relegadas, ou como invisíveis, ou como recatadas e do lar, ou submissas religiosas que só apareciam em péssimas situações pontuais. No pós-ditadura, apenas Ruth Cardoso, intelectual brilhante, esposa de Fernando Henrique Cardoso, se destacou nesse posto. Mas era, digamos, discreta, como essa sociedade absurdamente machista ainda acha que todas as mulheres devem ser. Acabou, minha gente. Acordem.

Se tudo isso vai dar problema será outro ponto, e aposto que sim, já que visivelmente Janja conseguiu em pouco tempo reunir desafetos, inclusive no próprio grupo político. Aguardemos os próximos capítulos.

Neste Brasil absolutamente confuso, dividido, desorientado e desordenado que emergiu dos últimos anos levaremos ainda muito tempo para sanar o que vem saindo desse criadouro maluco. Qualquer assunto hoje racha, divide, polemiza, vira tititi no qual se perdem dias em discussões nas redes sociais e grupos de amigos. Vide o espaço ganho pela chefe do cerimonial que organizava com   rigor e elegância o desenrolar da posse, e o seu vestido de bolinhas. O vestido de bolinhas é que foi o destaque; não o seu trabalho.

Temos muito o que fazer e nós, mulheres, temos um papel fundamental nessas mudanças. Todos vão ouvir muito falar de nós, mulheres, de nós todas, e das ministras e das providências que precisarão urgentemente ser tomadas para acabar com os graves problemas nacionais e que nos afetam diretamente. Vamos ter de lutar por leis, pela igualdade, pelo fim da violência e feminicídios, por condições de saúde, educação, saneamento, habitação, meio ambiente, pelo respeito às novas formações familiares, e a nós mesmas.

Estejamos com cocar, minissaias, chinelos ou salto alto, por favor, vamos falar sério, enfrentar juntas, porque haverá sempre muita reação, assim como houve quando nos Anos 70 começamos a nos mobilizar nessa luta, e parece ainda hoje que estamos no começo, mais de meio século depois. Sei bem o que é isso.

Respeitem as minas!

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MARLI - MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, feminista, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto.  (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

#ADEHOJE – DE PÉCS E PÓCS, REMENDOS E PRECONCEITOS

#ADEHOJE – DE PÉCS E PÓCS, REMENDOS E PRECONCEITOS

SÓ UM MINUTO – Não que eu fosse achar ele muito melhor, mas essa história do príncipe que deixou de ser candidato a vice-presidente porque Bolsonaro achou que ele era gay (!) e que gostava de orgias (!) é a cara do Brasil que vemos hoje. O Brasil que está amando as coisas que o Alexandre Frota está falando sobre seu ex-querido e apoiado, cada vez mais está a cara de programas, digamos, hot hot hot. Parece ainda que um deputado foi flagrado numa sala da CCJ … Ah, para! Que se for atrás tem cada história mais cabeluda do que a outra nesta que um amigo chama de República das Cuecas.

O país caindo aos pedaços, um ministro da Economia querendo retalhar uma Constituição, os países vizinhos se matando, tudo quanto é tipo de desgraça acontecendo, meio ambiente gritando, um presidente que agora quer criar um partido que já nasce zoado em seus anéis….

Essa é a República que comemoramos. Bananas e outras mumunhas

#ADEHOJE -ARMAS COM PERNINHAS, BRASÍLIA COM BOLHINHAS DE SABÃO

#ADEHOJE -ARMAS COM PERNINHAS, BRASÍLIA COM BOLHINHAS DE SABÃO

SÓ UM MINUTO – O Tenente-coronel Alexandre de Almeida está preso no Rio de Janeiro. Ele era o responsável total pela guarda de armas do Exército que saíram andando e estão sendo encontradas em outros lugares e clubes de tiro.

Três meses do horror de Brumadinho e o lengalenga continua com relação às indenizações. Ainda há 35 desaparecidos.

O Horário de verão foi finalmente revogado. E enquanto isso, a turma da fofoca continua atacando em Brasília. Um fala do outro, depois diz que não falou, uma coisa horrorosa. Amigos de lá dão conta que Brasília está um deserto de ideias, trabalho, e todo o mais. Lá é termômetro, E a coisa só não está feia para quem arruma um cantinho com deputados ou senadores, aliás, como o tal Léo Índio, primo dos Bolsonarinhos.

ARTIGO – Aconteceu. Virou manchete. Você tem de saber. Por Marli Gonçalves

De repente, apareceu um público que quer viver em um mundo sem saber, sem ser informado, ou pior, se informando apenas pelo ralo da história. Brigam com os fatos. Em mais de 40 anos de jornalista, não lembro de ter assistido a tantas dificuldades e ataques à profissão, alguns muito violentos, e a grande maioria apenas de uma ignorância que traz ainda mais preocupação, inclusive com a segurança física.

Coitado do mensageiro. Está sobrando sopapos para ele, o que traz as notícias que o mundo fabrica e que, especialmente aqui no Brasil, têm sido mesmo lamentáveis. Nós, jornalistas, sentimos muito. Adoraríamos, de verdade, diariamente informar que está tudo bem, só dar boas novas, falar sobre o crescimento econômico, equidade social, as vitórias e conquistas nacionais, sobre decisões governamentais ponderadas vindas de todas as esferas, reproduzir frases e pensamentos positivos dos governantes. Mas não são essas as notícias do momento, e não adianta fechar os olhos agora.

Algumas informações que transmitimos, até conseguimos compreender, parecem mesmo inacreditáveis. Sim, estamos falando de política, essa coisa sempre muito pesada e cheia de meandros que quem acompanha desde sempre nem mais se surpreende, porque sabe que nela tudo é possível. Mas que a política está exagerando na produção desse possível, está. Em embates infantis, na pequenez dos pensamentos, no amadorismo dos atos, na produção de capítulos vergonhosos que estamos tendo de escrever e descrever, e que se diga a verdade, com destaque nos últimos anos e meses.

Só que agora apareceu uma categoria de pessoas – vejam bem que apenas reparo nesse aparecimento, isso sim é novidade – que não querem saber. Negam. Ficam bravos. Pra que contar que o miliciano era vizinho do presidente?  Porque era. Para que escrever isso? Por que comentar aquilo?

Querem selecionar ao bel prazer as notícias, o que em linguagem usual chama-se censura. Querem explicar que não foi bem assim o que ele disse, sendo que tudo está gravado. A verdade e só o que acham, e acham sem qualquer liame com a realidade, como se vivessem em outro mundo. Os caras fazem as bobagens e a imprensa é que é culpada, xingada, martelada.  Se procriaram nas últimas eleições, alimentados pelas Fake News, pelo whatsapp, pelo rancor, por um sectarismo muito louco que abriu espaço dentro da democracia.

Argumentação? Nenhuma. Pior, muitos, não dá para revidar porque é gente “amiga”. Outro dia, por exemplo, para se contrapor aos protestos contra a ordem de comemorar o golpe de 64, uma escreveu que “não dissemos nada contra quando foi comemorada a Revolução Russa…”

Oi?

Há outras versões engraçadas. Começam com as frases “Ninguém está falando…” (e na verdade, não se fala em outra coisa, e pela grande imprensa, que dizem que não leem, que é lixo), “Isso é perseguição…” (sendo que o “perseguido” foi quem produziu o fato da notícia), “Querem que em três meses…” (sim, porque nos três meses ocorreram só trapalhadas, públicas). Nessa toada não deixarão nunca a alma de Celso Daniel descansar, e ficam só batendo nas teclas P e T, e usando palavras que parecem espantalhos – esquerdalha, petralha, entre outras impublicáveis. Uma cruzada que inventaram para si. O que é deles; o resto seria do tal PT, coitado, que a cada dia aparece mais apagado e combalido, sem capacidade de reação, até porque não tem mesmo, aos atos praticados.  Denunciados, inclusive, por quem? Pela imprensa! Vivemos para ver até o Estadão ser chamado de …comunista!

Não é por menos que há uma crise sem precedentes em toda a imprensa, que se esfacela a olhos vistos, sem compreender o que ocorre no país onde ter opinião é crime.  Colunistas são trocados como roupas nos varais em prol de obterem uma diversidade que seja aceita, o que é praticamente impossível. E cada vez mais os portais privilegiam o que lhes dá milhares de cliques, contando quem se separou, quem está transando com quem, quem cortou o cabelo, emagreceu, engordou, usa biquini branco ou tem estrias.

Pior: fofocas que, antes, a imprensa até tinha de ir atrás para saber, fotografar. Agora não. As notícias chegam andando sozinhas, entram nas redações, gratuitas, diretamente dos noticiados. Isso dá Ibope. E nesse Ibope todos acreditam.

JORNALISTAS

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Marli Gonçalves – jornalista – Defende a informação ampla, geral e irrestrita.

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Brasil, abril

 

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#ADEHOJE – BRIGUINHAS. NÃO TEMOS MAIS NADA PARA FAZER?

#ADEHOJE – BRIGUINHAS. NÃO TEMOS MAIS NADA PARA FAZER?

SÓ UM MINUTO – Sabem aquelas famílias cheias de fofoqueiros? Aquelas vilas onde todo mundo toma conta de todo mundo e fica fazendo intrigas? Aqueles lugares onde ninguém tem nada para fazer e ficam só fazendo futricas? Pois é. O Brasil, de repente virou exatamente isso. O país derretendo, tragédias terríveis, decisões importantes a serem tomadas, um clima de conservadorismo péssimo e eles se tratando como comadres, com os filhos do Capitão fazendo o que bem entendem. Aguardem: deverão vir pacotes e pacotes para cima de nossas cabeças para tentar fazer com que a gente esqueça dessa verdadeira novela sem fim. Lá vem o do Moro!

Ah, e o presidente da Vale e do Flamengo continuam soltos…

#ADEHOJE – OS FILHOS DO CAPITÃO FAZEM DO PAÍS UM GRUPO BADERNEIRO DE ZAPZAP

#ADEHOJE – OS FILHOS DO CAPITÃO FAZEM DO PAÍS UM GRUPO BADERNEIRO DE ZAPZAP

SÓ UM MINUTO – Tenho de continuar fazendo perguntas. Até quando os desengonçados Filhos do Capitão vão ficar dando pitacos, fofocando, incitando e criando problemas – mais ainda do que os que já temos – no Governo do pai Jair Bolsonaro? E até quando vamos suportar as declarações dos presidentes da Vale e do Flamengo? Ou melhor, as não declarações, as não explicações. Aliás, eles ainda estão em seus cargos? Brasil, o país dos trapalhões?

E AINDA POR CIMA, PERDEMOS BIBI FERREIRA, A NOSSA DIVA. COMO JÁ DISSE, NÃO HAVERÁ UM DIA QUE PASSEMOS SEM ELAS, AS MÁS NOTÍCIAS?

 

ARTIGO – Viramos voyeurs. Por Marli Gonçalves

Há um outro lado aparecendo nisso tudo. E é aquele nosso lado ruinzinho. Estamos tendo, sim, certo prazer em assistir ao espetáculo tenebroso – pílulas delatórias em vídeos de péssima qualidade tanto em som quanto imagem, mas que já aguardamos o próximo ansiosamente dia após dia, como em um seriado viciante. Não chega a ser um prazer exatamente sexual, mas sacia certo gosto de vingança e pela curiosidade. Queremos saber tudo, como se passaram as práticas íntimas destes relacionamentos tão envolventes

Abrimos a janela. Agora estamos espicaçados. Queremos ver mais, saber mais; já que começou que siga, se revele por completo, sem limites, se desnude à nossa frente – e se mostre exatamente assim, já quase sem pudor, escancarado. Queremos ver, ouvir os sussurros, quantos dólares, euros, joias, o luxo, os presentes e como se chamavam na intimidade de seus encontros entre quatro paredes de lugares nobres. As senhas que os excitavam, as cenas que criavam para as suas estripulias.

Sentados em nossas salas de estar prestamos atenção neles, os atores dos filmetes legendados; a sala, o ambiente, as roupas que usam, os gestos que fazem, os olhares, como se distraem os advogados que os acompanham nas entrevistas que lembram as do antigo programa Ensaios do saudoso Fernando Faro, a voz que falava ao ouvido do artista central orientando o roteiro. Nestes casos, os delatores têm bom português, falam bem, se expressam e seguem uma linha de raciocínio. E falam, falam. Vemos até que falaram mais até do que lhes foi perguntado, se soltaram, aliviados, até excitados, como se tudo aquilo estivesse guardado tanto tempo em suas gargantas que já machucava.

Nós, daqui, assistimos. Homens que ganharam muito, alguns já bem senhores, quase uma centena de empregados da grande empresa que dominava e dirigia o Brasil, cada um em uma área, um canto, com uma missão. Hábeis manipuladores dos fantoches políticos nesse imenso teatro da vida pública de eleitos e autoridades no cenário de grandes obras a céu aberto.

(Como estarão as suas famílias? O que suas abastadas senhoras estão explicando às amigas, como estarão lidando com os bens apreendidos? Com quanto sairão disso?)

Não podemos nos culpar de ter virado voyeurs. É um prazer que nos restou, já que Justiça-justiça mesmo é coisa que vai longe – se é que vai. Foi sacanagem o que fizeram, o que levou o país a uma derrapada brochante. Nada como apreciar os detalhes saborosos, os termos, os traídos, seus amorosos diálogos de sedução, a prostituição escancarada.

Ok, se acha que voyeur é forte demais. Viramos brecheiros, na popular linguagem do Nordeste e outras regiões brasileiras. Observamos pelo buraco da brecha, da greta ou da fechadura. Da tevê, do rádio, da internet. Bisbilhotamos o que disseram. Fofocamos sobre isso nas redes sociais. Ainda tiramos um sarrinho, para completar.

Eles não usaram preservativos em suas relações achando que jamais seriam descobertos ou vistos, e nem nós em nossos sonhos mais loucos imaginaríamos que poderíamos vir a assistir cenas tão fortes, tão quentes, tão ousadas.

E que tudo isso nos deixasse assim, com tanta vontade de… esganá-los. De prendê-los com algemas que não são bem as de pelúcia.

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marli n a gabiMarli Gonçalves, jornalistaVendo filmes sobre como previsões orçamentárias eram montadas. Como se patrocinou tanta libertinagem no escurinho do cinema.

Brasil, 2017, continua nos próximos capítulos.

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@MarliGo

Sessão fofoquinhas do pau para toda obra. Neymar e Anitta. Mudou sua vida, né?

zdragloveMexericos da Candinha
O jogador Neymar e a cantora Anitta estão – a se usar linguagem própria das colunas de futilidades – se
conhecendo melhor. No sábado, ele mandou seu avião buscá-la no Rio para uma festa organizada por ele
no Guarujá. Ela dormiu no casarão do craque.

 

fonte: COLUNA AZIZ AHMED – JORNAL DO POVO/RJ

Tadinha. Essa perdeu o sossego, mesmo. Vão descobrir e revelar até suas notas no jardim de infância, já-já. Nem sei como ainda não apareceu nenhum namorado anterior…

da coluna do james akel – http://jamesakel.zip.net/

TELEVISÃO – MARCELA TEMER SONHAVA EM SER AJUDANTE DE GUGU

Marcela Temer, mulher de Michel Temer, vice-presidente, tinha um sonho que era ser ajudante de palco do Gugu.
Tentou de todo jeito.
Mas nem sequer falou com ele.
Gugu era inalcançável para ela.
O tempo passou e hoje, Marcela, se desejar, basta chamar Gugu que ele vai correndo falar com ela e ainda tem que chamar de senhora.

Que papo é esse? Temer dando ordens na roupa da jovem esposa?

Pincei esse trecho da entrevista do “estilista” André Lama,  quem fez a roupa que Marcela Temer usou na posse presidencial.

O relacionamento, como prevejo, é do tipo papai-filha, ditador-submissa, eu mando aqui?

Ou ele entende de moda e a gente não sabia?

Veja o trecho da entrevista ( coluna Monica Bergamo)

Temer aprovou o modelo?
Se ele não tivesse gostado, Marcela não teria usado.