ARTIGO – Consegui. Conseguimos. Lá vamos nós. Por Marli Gonçalves

Consegui. Conseguimos. Chegou! Chegamos, aliás. Que bom. Difícil ter ainda o que falar após mais um ano tão cheio de desafios, e até como se todos não fossem exatamente assim. Temos de olhar para o futuro nessa época, mas o engraçado é que o passado é que fica martelando. Será para nos prevenir de errar novamente?

Why Am I Having Weird Dreams? - Know The Reasons | DreamCloud

Tenho recebido verdadeiros tratados psicológicos sobre a “dezembrite”, que seria um estado de espirito que nos abateria no último mês do ano. Ok, vou ficar aguardando os tratados sobre a “janeirite”, “feveirite” e assim por diante, porque pensa se todo mês a gente não tem bons motivos de alteração para o bem ou mal. Janeiro tem o verão, para quem pode curtir; e as contas – IPTU, IPVA, outros is e aumentos –  anuais. Fevereiro! Tem Carnaval, tem Carnaval. E depois das fantasias a pressão novamente para se pensar no futuro, aquele mesmo que, admita, acaba esquecido logo após as promessas e planos que a gente sempre faz no final do ano, e que voltam a nos assombrar. Todo mês carrega suas características.

Mas essa coisa de balanço de final de ano é que é mesmo perturbadora, mais ainda com o passar do tempo, quando vamos acumulando o histórico do que já passamos, enfrentamos, conquistamos, nos safamos, desistimos, nos ferramos, levantamos e sacudimos a poeira dando a volta por cima, sofremos – e aí sentimos se tínhamos ou não razão – , ou tantas coisas que festejamos, o que devemos mesmo fazer a cada conquista, sem qualquer culpa.

Nos últimos dias parece até que quem (sempre muito curiosa sobre quem ou o que é que organiza essa fábrica na nossa cabeça) comanda meus sonhos noturnos está querendo que eu escreva uma autobiografia tantos flashes têm passado como um cineminha, uma série cheia de temporadas, lembranças. Anda bem legal dormir. O roteiro de cada noite/capítulo se mistura, fazendo lembrar até o excepcional formato da série This is Us, que vai e que vem, explica aqui o que aconteceu lá. Embora no meu caso não haja tantos protagonistas, ou filhos e gerações. Eu sou sempre a condutora. O formato é que desencadeia, por isso dou como exemplo. Se amei demais, de menos. Se fui fiel demais, e fui – o que pouco ou de nada valeu. O vácuo intrigante de certos rompimentos. Os momentos equilibristas sem rede de proteção. Quantas vezes precisei ser forte mais do que era; aprender a renascer, mudar a estrada por obstáculos, percorrer caminhos mais longos.

O estranho é que não tem tristeza, nem acordo me sentindo diferente. Não sinto nenhum problema em ter revisto até partes bem difíceis. Sem arrependimentos. Ao contrário, a sensação é boa, de vitória por ter tanto para contar, viva. Vem sendo como abrir um arquivo, rever álbuns de fotos, espiar o Google Fotos. Já foi. Já passou. Consegui. Conseguimos, aliás, porque imagino que você também tenha um bom livro da vida. Fico curiosa em saber como você lida com esse momento.

Fechando a temporada deste ano, não posso deixar de agradecer a companhia de todos, muitos, a força de cada recado, bilhete, curtida, comentário, resposta aos artigos e também o apoio à batalha que alguns conhecem e acompanham. Vamos todos sonhar, sim, com um mundo melhor, com liberdade, em paz, com espíritos de luz que nos protejam da insanidade, seja ela vinda dos poderosos ou dos que tentam justamente bloquear o futuro dos outros porque não conseguem nem ver a saída para o seu próprio.

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CONSEGUI. CONSEGUIMOSMARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon).

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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ARTIGO – Barbie e a onda rosa chata-choque. Por Marli Gonçalves

Estou bem confusa com essa onda rosa do lançamento do filme Barbie, que nos encharca e busca trazer no rol de sua importância o empoderamento feminino para apaziguar – só pode ser – os interesses comerciais. Não, não vi o filme, nem é uma crítica a ele, mas à massacrante forma de massificação de momento de uma informação, de um produto que já já já vai estar passando na tevê, e outras ondas virão.

Susi, mais pobrinha…

Olhe ao seu redor. É cor de rosa-choque. Não provoque, diria Rita Lee. Tudo, vitrines, roupas, pessoas, cabelos, casas, exemplos, clones, sósias. E notícias. Chega a ser enjoativa a pressão para a aceitação atual da mocinha que, embora com mais de 60 anos não perdeu a forma, a cinturinha, o frescor da pele, a energia, não tem cólicas nem sofre com a menopausa como acontece às mulheres de pele e osso que talvez até um dia de suas infâncias tenham brincado com a boneca Barbie, desejado ser ela, assim, quando crescessem. Até andam tentando, com mil intervenções.

Antes, todas as bonecas eram personificações de bebês e crianças, para apenas desejarem ser mães, papel que ainda hoje é severamente imposto às mulheres. Barbie já era adulta quando nasceu, modelo, com seus seios firmes, pernas longas, intensa atividade social e até romântica quando inventaram o Ken, seu namorado plastilina. Chegou com vários cabelos, o armário recheado de roupas, os sapatinhos, a casa, os objetos, tudo que rapidamente virou o incrível e rentável Universo Barbie. Tudo rosa, tão rosa, a cor associada às mulheres, e ainda escolhida a mais intensa, o rosa-choque, cor criada em 1931 pela designer italiana Elsa Schiaparelli, magenta com poucas adições de branco.

Lá vem a magrela, seus vestidos, acessórios, tudo rosa e tudo muito caro para qualquer padrão e é assim desde o lançamento da Barbie, em 1959. No cinema agora, personificada literalmente e muito bem pela adorável e bela atriz Margot Robbie, o filme é um dos maiores golpes (no sentido de vendas) de marketing dos últimos tempos.  Mas incomoda a pressão para fazer descer pela goela que, além de tudo, Barbie é feminista. Desculpem, mas feminista não é, não foi, nem será. Ela é uma boneca. E, sendo assim, manipulável em tudo, atos e propostas.

A realidade é bem diferente. Até para a boneca que no filme um dia acorda alarmada com os seus pés no chão, retos, ao contrário daquele já moldado para os elegantes e variados sapatos de salto alto. Pressente que precisa ir ao mundo dos humanos dar uma olhada no que acontece e que a está transformando. Por aí, vai. Já pensaram se os brinquedos refletissem mesmo o que se passa no nosso mundo? As fábricas nem dariam conta, muito menos de acompanhar de verdade as vitórias feministas nessas décadas.

Bild Lilii, a boneca adulta alemã que foi inspiração para a Barbie

Barbie é realmente um fenômeno. Criada inspirada em uma boneca adulta feita, acreditem, para homens, a erótica alemã Bild Lilli, foi um sucesso estrondoso de vendas. Sempre envolta em críticas e polêmicas. Polêmicas que fizeram com que o seu fabricante ganhasse ainda mais ao desenvolver novos tipos de Barbies que ainda pipocam para a alegria dos colecionadores: pretas, profissionais da mais diversas áreas, não só loiras ou morenas, mais rechonchudas, baixinhas, por aí vai. Trocam suas roupas, mudam a cor do plástico. Já há Barbies com deficiência, adaptadas em cadeiras de rodas, yogis, maleáveis, e até já surgiu a Barbie trans. Fora as Barbies dedicadas a celebridades, e as muitas amigas da Barbie que foram aparecendo como coadjuvantes.

Susi, com i.

No Brasil, lembro bem quando em 1966 surgiu a sua “correspondente”, a Susi, mais barata, menos metida, com roupinhas mais simples, uma feição menos famélica. O namorado era o Beto, horroroso. Tive uma Susi. Até o nome Susi, assim, com i, mais simples. Se fosse com Y, creio, teria mais glamour. (Parênteses: sempre adorei o Y, com o qual achei que era o meu nome até os 17 anos quando descobri na certidão que havia sido registrada com “i”, Marli, e fiquei com medo de, aprovada no vestibular, não aceitassem minha inscrição com y, como meu pai sempre escreveu, nunca mudou,  até a sua morte, aos 98 anos. Já que sou Marli na vida, adoraria ser Marly, mas isso já é outra história).

Voltando à Susi, tadinha, viveu até 1985; Barbie decaiu, ela foi junto. Até voltou a ser relançada, anos depois, em 1997. Voltou mais magra, com peitos maiores e roupas mais chiques, mas nunca mais foi a mesma.

Enquanto isso, agora, vamos nadando no rosa-choque, nas fotos dos locais instagramáveis, no povo posando dentro de caixas gigantes da boneca. Pelo menos está engraçado. A Ana Maria Braga que apareceu toda de Barbie será uma imagem inesquecível. Até porque bem mais verdadeira como gente que passou mesmo por tudo nesses anos.

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MarliMARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon).

 marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

DENÚNCIA: SP CIDADE ÀS TRAÇAS. SUJEIRA E CHURRASCO NA AVENIDA PAULISTA????PODE ISSO?

DENÚNCIA: SP CIDADE ÀS TRAÇAS. SUJEIRA E CHURRASCO NA AVENIDA PAULISTA????PODE ISSO?

 

 

FILMEI PORQUE É PRECISO DENUNCIAR E REGISTRAR. NOS DEFENDER. VEJA O VÍDEO, ONDE REGISTRO O DESCALABRO E A IDEIA E PROVA DE QUE ESTAMOS COMPLETAMENTE SEM LEI NA CIDADE DE SÃO PAULO.

DOMINGO, AVENIDA PAULISTA ABERTA PARA A POPULAÇÃO.

VER AQUELES MOLAMBOS HUMANOS – HIPPIES E TODA SORTE DE SERES ESTRANHOS – OCUPANDO O CHÃO, E QUE OCUPAM AS CALÇADAS EM FRENTE AO SHOPPING CENTER 3, NA ESQUINA DA AVENIDA PAULISTA COM RUA AUGUSTA, JÁ É RUIM DEMAIS. QUASE JÁ NÃO DÁ MAIS PARA PASSAR ALI E JÁ É UM ABSURDO.

MAS NESSE DOMINGO, O DESCALABRO FOI ASSISTIR – COMO SE ESTIVESSEM NA CASA DA MÃE JOANA! – ELES FAZENDO CHURRASCO, NUM PEDAÇO DE MADEIRA NO CHÃO, COM AS CARNES JOGADAS, FUMAÇA, CRIANÇAS JUNTO. PASSOU DOS LIMITES. O HORROR. FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA! CADÊ VOCÊ?

POIS BEM. PERGUNTEI A DUAS – DUAS – EQUIPES DE FISCALIZAÇÃO. ERA COMO SE ELES FOSSEM CEGOS E NÃO ESTAVAM VENDO AQUILO. ESTAVAM ALI APENAS PAR A FAZER NÚMERO COM SEUS COLETES. PARA TIRAR OS COMERCIANTES QUE TENTAM VENDER ALGO QUE PRODUZEM, PARA ISSO SERVEM, ÀS CENTENAS, AGINDO ATÉ COM VIOLÊNCIA…MAS OS TAIS HIPPIES…

PERGUNTEI TAMBÉM AO PESSOAL DA GUARDA METROPOLITANA, QUE TAMBÉM ESTAVAM LÁ, MAIS DE DEZ, CONTE. O RESPONSÁVEL ME DISSE QUE “CLARO QUE ERA PROIBIDO FAZER AQUILO”, MAS QUE NÃO PODIAM AGIR, ACREDITEM, PORQUE A POPULAÇÃO PODERIA REAGIR.

AH, MAS GARANTO QUE SE A GENTE SE JUNTA PARA FAZER UM CHURRASQUINHO POR ALI, ÍAMOS TODOS PRESOS…

VEJAM A SUJEIRA. FUI FILMAR PARA QUE TODOS TENHAM NOÇÃO DO DESCALABRO E AÍ OS MOLAMBOS TENTARAM ME INTIMIDAR COMO PODEM NOTAR NO VÍDEO. OS POLICIAIS CONTINUARAM SEM SE MEXER. HOUVE FORTE POSSIBILIDADE DE EU SER AGREDIDA. EU, E VOCÊ, QUE PAGAMOS IMPOSTOS, A POLÍCIA, OS FISCAIS.

NÃO TEMOS A QUEM RECORRER! ALÔ PREFEITURA!!!!!ALÔ POLÍCIA! ALÔ FISCALIZAÇÃO! ALÔ IMPRENSA QUE COBRE CIDADES!!!!

 

Marli Gonçalves

 

Silvio Santos vai virar filme. Compraram os direitos

PARIS ADQUIRE DIREITO DA BIOGRAFIA DE SILVIO SANTOS PARA O CINEMA

A incrível história do camelô que se tornou o maior comunicador do Brasil e hoje tem uma fortuna de R$ 2,5 bilhões vai, finalmente, virar filme. Márcio Fraccaroli e Sandi Adamiu, da produtora Paris Entretenimento, assinaram, nesta semana, a compra dos direitos autorais do livro Silvio Santos: A Biografia, de Marcia Batista e Anna Medeiros. A produção vai começar em junho, com a escolha de diretor, roteirista e elenco, e a ideia é filmar no início de 2019.

A cinebiografia de Senor Abravanel vai revelar a vida e a personalidade do “Patrão” de um ponto de vista inédito. É que, para escrever o livro, as autoras partiram de entrevistas com famosos e anônimos que convivem ou conviveram diariamente com ele, de apresentadores de TV a seguranças. A discreta vida em família também tem destaque na trama, assim como momentos traumáticos, como o dia em que o Brasil parou por causa do sequestro de sua filha, Patricia Abravanel.

Silvio Santos só teve acesso ao livro quando estava pronto e, logo que terminou de ler, ligou pessoalmente para Marcia Batista e elogiou o trabalho, dizendo: “Acho que o grande diferencial sobre esse livro é ter esses depoimentos, que é uma coisa que nunca ninguém fez. Está muito bom!” O apresentador chegou inclusive a divulgar o livro no próprio SBT. Patricia Abravanel também deu sua opinião nas redes sociais dizendo que estava “amando” a leitura.

Produtora de filmes como ‘D.P.A. – Detetives do Prédio Azul’, ‘Carrossel 1 e 2’, ‘Meus 15 Anos’ e ‘Um Namorado Para Minha Mulher’, entre outros sucessos, a Paris Entretenimento é hoje a que que mais realiza longas nacionais para o cinema. Entre 2016 e 2017 foram dez títulos exibidos em circuito comercial e, para 2018, Marcio Fraccaroli projeta um crescimento de pelo menos 100% em número de produções. Além de Silvio Santos, a Paris já tem outros sete longas de ficção já em andamento: ‘O Doutrinador’, filme de super-herois rodado no início do ano e com estreia prevista para setembro; as comédias ‘Minha Irmã e Eu’, com Ingrid Guimarães e Tatá Werneck, e ‘Dois Mais Dois’; o infanto-juvenil ‘Adeus Inocência’, que junta Maísa Silva e Larissa Manoela no elenco; o infantil ‘Detetives Do Prédio Azul 2’; ‘Tudo Bem no Natal Que Vem’, previsto para as férias de fim de ano; e ‘Meu Nome É Gal’, cinebiografia da cantora Gal Costa.

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Sandi Adamiu, Marcia Batista e Marcio Fraccaroli assinam a compra dos direitos autorais
FONTE: PARIS  – ASSESSORIA DE IMPRENSA

México X Trump: a batalha. O lado engraçado. Veja M.A.M.O.N.

 

M.A.M.O.N. é uma curta-metragem satírico de ficção científica e fantasia, que explora, através de humor negro, o que aconteceria com Donald Trump ganhando as eleições nos Estados Unidos.

Um curta-metragem satírico assinado pelo uruguaio Alejandro Damiani, diretor de cena representado no Brasil pela Side Cinema, de Renato Assad,

Aborda de forma bem humorada as relações entre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e os imigrantes do México.

Com repercussão internacional, o viral está sendo celebrado em inúmeros países críticos à posição do novo comandante norte-americano quanto a seus propósitos em relação aos vizinhos latinos.

ARTIGO – Perdidos no espaço. Por Marli Gonçalves

largeBom seria se fosse ficção científica. Se fosse uma ampla discussão sobre física quântica, vácuo absoluto ou relativo. A narração arrastada de uma concorrida partida de xadrez, o tabuleiro, os peões; os cavalos; a torre; a rainha; o rei. O fim. O xeque-mate. Felizes seremos se, tal qual no Livro das Mutações, I-Ching, os passos dessa luta sejam como uma dança de guerra, mas rogo que tragam ensinamentos para os passos de cada uma das batalhas que se sucederão.

Intuo que não será ponto final, que marca a pausa total, o fim de um tempo, de uma história, de uma revelação. Apenas ponto e vírgula, que dá a deixa para continuar na mesma toada. Tudo muito confuso, nas jogadas, nos jogadores, nas rodadas e nas rodas de conversa. Apenas nos entreolhamos e com olhares ansiosos esperamos na plateia o espetáculo que já sabemos de antemão – haveremos muito o que criticar. Qualquer desfecho trará aplausos e vaias.

Corramos para as montanhas, para algum lugar alto de onde possamos ter vista ampla para o que acontece na planície. E de onde possamos descer rapidamente para interferir, caso haja necessidade.

Não falo desses dias, ou melhor, não falo só desses dias aí, agora, à nossa frente, no nosso nariz. Falo de um todo desmantelado, do quebra-cabeças que cai espalhando suas peças, e acabam se perdendo algumas e que podem inviabilizar qualquer nova montagem. Quais serão os encaixes para cada uma das possíveis alternativas? Ninguém sabe. Nem os que estão se movimentando nos campos de batalha reais, nem os que parecem não querer tirar seus óculos virtuais e preferem viver olhando só o imaginário, o idealista.ovnis na praia

O real é doloroso. Está doloroso e ao nosso redor, e em cada um de nós em alguma forma. A diferença é que quem quer mudar agora, imediatamente, o lado tingido de verde e amarelo, já definiu e elegeu o culpado, o mau governo, esse projeto de poder que definha e se debate, que deixou rastros, provas, ações e desações, tomou medidas, dirigiu as cenas desse filme triste. Filme que mistura gangsteres, histórias de amor, épicos, violência, dramas sociais, cenas manjadas, assaltos cinematográficos, cenas escatológicas e muita, muita comédia, que é o que mais aparece agora no final. Mas tem quem não viu esse filme, ou se viu não entendeu, ou se entendeu quer se fazer de bobo, ou acha mesmo que está tudo bom – e sei lá, é preciso respeitar.

Não há efeitos especiais – e olha que é impressionante a tentativa de usá-los sub-repticiamente – que surtam efeito no público calejado; talvez toque só nos mais fracos ou nos distraídos, que acham que as pessoas que falam nas propagandas com aquelas bocas cheias de dentes brancos existem fora dali, nas portas dos bancos oficiais, nos postos de saúde, hospitais, escolas, abrindo as portas de lindas casinhas com chaves mágicas, e nem vida nem casa.

Não pode haver portas abertas de palácios só para os que aplaudem, que comem na mesma mesa, que estraçalham coxas com apetite, tocam sinos bajulantes. Se chegar à sacada verá lá fora outros milhões de narizes para cima, ouvirá os cantos discordantes, talvez até algo mais de lá seja atirado com revolta. Não adianta nem cercar o palácio com jacarés famintos, nem com cães enraivecidos.

Porque demora-se tanto? Porque todos não vimos bem antes o que já se desenhava enquanto mentiam nos atraindo às urnas, como bois a matadouros? Porque ali já estávamos como agora – sem opções ou caminhos seguros. Uma verde demais. Outro já caindo de maduro. Um abatido em pleno voo. Uma se sentindo com coração valente. Que protagonistas são esses, pior, e que continuam eles os protagonistas dos próximos filmes? Listados no rol de coadjuvantes veremos de novo os mesmos e os piores atores e atrizes atuando nos piores cenários, e às vezes com péssima iluminação.

Não é novela, que se desenrola muito em cima do que o público vai reagindo; se fosse já estaria mais próxima de um final e com a próxima sendo divulgada. É filme. De longa-metragem, talvez com várias sagas, e até de filmes que já vimos.

A luz apagou. Está no ar. Agora precisamos ficar em silêncio assistindo. Tá, pode tossir, comentar ao ouvido de quem está ao seu lado. Só não pode ficar cochichando muito que atrapalha e, por favor, não ria fora de hora, que nunca se sabe quem vai rir por último.

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Dias difíceis, dias cheios de ansiedade, muitas cenas para rodar. Abril, 2016, São Paulo

Marli Gonçalves, jornalista Vou continuar em paz, aqui, tentando dar uma tradução mais ao pé-da-letra possível dos filmes que assisto, com paixão por desenhos animados que duram por toda uma vida e não tem nem final. Só na moral.

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Lula, o filhote do Brasil, foi muito bem bancado. Vejam só! Série de notas da Coluna de Cláudio Humberto, no Diário do Poder

casal no cinemaEnrolados na Lava Jato bancaram filme de Lula
A devoção de empreiteiras ao ex-presidente Lula coincide com o início do “petrolão” em seu governo. Enquanto montavam os esquemas revelados pela Operação Lava Jato, Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Estre Ambiental financiavam “Lula, o filho do Brasil”, filme de 2010 que bajula o político do PT. E faturariam mais de R$ 6,8 bilhões entre 2004 e 2015 na era Dilma, segundo o Portal da Transparência.

Retorno garantido
A empresa de Marcelo Odebrecht, preso na Lava Jato, foi a que mais faturou no governo Dilma: quase R$ 3,9 bilhões.
Propinodutographics-medical-medicine-080814
A Estre Ambiental, uma das patrocinadoras do filme, é acusada de pagar propina de R$1,4 milhão ao ex-diretor Paulo Roberto Costa.
Tem mais
A JBS Friboi, maior financiadora da campanha eleitoral de 2014, e até a EBX, do ex-bilionário Eike Batista, deram dinheiro para o filme.
CENAS DE CINEMANúmero 1
A cervejaria Brahma ajudou a bancar o filma. “Brahma” foi o codinome usado pelo ex-presidente da OAS Leo Pinheiro para se referir a Lula.

Viralatas, o filme. Auauau. Estão pedindo uma força, e se você puder…auauauauau

 FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA

dog com coraçãoDocumentário do filme “Vira-latas os verdadeiros cães de raça” corre o risco de não passar nos cinemas

Projeto Vira Lata precisa da sua ajuda em ação social colaborativa

Há sete anos, Tiago Ferigoli, teve uma ideia. Fotografar cães abandonados na cidade e mostrar para a população o que acontecia com os pets. O projeto nasceu não somente para mostrar os cães sem raça definida, como os chamamos popularmente como vira-lata, mas para mostrar que qualquer cachorro abandonado é um vira lata indiferente da sua raça. Pois ele foi esquecido e maltratado na rua.dog animado chorando de rir

O idealizador do projeto não esperava ir tão longe. Com o site criado e um livro lançado pela Editora Ediouro, Thiago alçou voos mais altos. Buscou patrocínio para fazer o filme, contou com a ajuda de vários artistas tanto nas campanhas quanto nos depoimentos.

A produção do longa-metragem mostra questões relacionadas a responsabilidade social, educação e empreendedorismo. E para colocar o filme nos cinemas Ferigoli resolveu aderir ao crowdfunding. Cada vez mais, filmes independentes recorrem a esse sistema para chegar às telonas.

Hoje o cinema independente sofre com a falta de verba para produzir e comercializar o produto. Para não perder o que já está pronto, Tiago, faz um apelo à população “quando iniciei o projeto Vira-Latas, não tinha noção do corpo e forma que ele iria tomar e o número de pessoas que iríamos atingir, foi algo grandioso, e a cada nova ação, nós aumentamos nosso alcance. Nossa grande meta para esse ano é colocar o documentário do Vira-Latas nos cinemas e não é só uma meta, mas é uma obrigação, pois o prazo que a Ancine estipulou se encerra no dia 25 de dezembro desse ano. Isso significa que se não conseguirmos arrecadar a quantia necessária, toda a energia direcionada com a produção do documentário e também as pessoas que iríamos atingir com ele, será perdido.”

Já foram arrecadados mais de R$ 6 mil reais, infelizmente esse valor ainda é baixo. O projeto precisa arrecadar mais de R$ 200 mil para preparação e fechamento do material, divulgação e comercialização, custos de exibição, distribuição e assessoria de imprensa, custos administrativos e impostos.

Para quem ajudar a causa, Tiago disponibiliza alguns benefícios que vão desde o seu nome nos créditos finais até ingressos, livros, camisetas e ecobags. Varia muito do valor doado. Por isso confira no site e ajude o Projeto Vira Lata

Sobre projeto  Vira-Latas:dog10

Idealizador: Tiago Ferigoli Conheça o projeto http://vira-latas.com Registro do filme na ANCINE 2009 01580.028772/2009-31 | CPB. 11015211 | CRT. 593357–01010072157620110

APNEIA. O FILME. Veja o thriller. Só tem gente boa, e a música é do genial Claudio Tognolli. Como ele diria, bomba garay!

estreia 6 de novembro!

Já viu o filme do Dado Galvão? Aí pode entender melhor o imbroglio com a Bolívia.

MAIS, aqui

A respeitada diplomacia brasileira vem se tornando fantoche de velhas e conhecidas ideologias políticas. (Missão Bolívia, dialogar e documentar) revela o descaso da política externa brasileira no sofrimento enfrentado pelo senador boliviano Roger Pinto Molina, que passou mais de um ano asilado, esquecido em um quarto no edifício da embaixada do Brasil em La Paz, Bolívia. “Eu me sentia como se eu tivesse o DOI-Codi ao lado da minha sala de trabalho.” (Eduardo Saboia, diplomata brasileiro) Molina vitima de perseguição política, denunciou o envolvimento de membros do governo do presidente Evo Morales, com o narcotráfico.
O senador boliviano foi resgatado (agosto, 2013) da Bolívia, em uma operação coordenada pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia, sem o conhecimento dos governos brasileiro e boliviano. “E asseguro: é tão distante o DOI-Codi da embaixada brasileira lá em La Paz como é distante o céu do inferno. Literalmente isso.” (Dilma Rousseff, presidenta do Brasil). “Não respeito caprichos nem ordens manifestadamente ilegais”. (Eduardo Saboia, diplomata brasileiro). “No Brasil de Dilma, quem diz isso é réu. A presidente exige obediência cega. Vergonha”. (Demétrio Magnoli, sociólogo) “Eduardo Saboia revela ser um continuador corajoso do legado de coragem do mártir brasileiro, mártir da ONU, Sérgio Vieira de Mello”. (Jose Ramos-Horta, Prêmio Nobel de Paz) Fatos como a prisão (fevereiro, 2013) em Oruro na Bolívia, de doze brasileiros, torcedores do Corinthians, acusados pela morte de um adolescente em um jogo da Copa Libertadores da America, tráfico de drogas, e outros crônicos gargalos da relação diplomática entre Brasil e Bolívia, são abordados no filme.
“Torcedores presos na Bolívia são usados como ‘objetos de barganha política’ pelo governo Morales”. (Senador Ricardo Ferraço, Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado do Brasil). “Hoje, nove de cada dez toneladas de cocaína produzida na Bolívia têm como destino o Brasil” (José Casado, O Globo) Missão Bolívia, tem participações especiais de Eduardo Saboia (diplomata), Carlos Mesa (ex-presidente Bolívia), Jorge Quiroga (ex-presidente Bolívia), Roger Pinto (senador), Marcel Biato (diplomata) Ricardo Ferraço (senador), Alvaro Dias (senador), Sérgio Petecão (senador), Jerjes Talavera (diplomata), Fernando Tibúrcio (advogado). Um Documentário do cineasta baiano (Jequié,Bahia) Dado Galvão (Conexão Cuba Honduras), Pilar Celi Frias (jornalista, pré-produção, pesquisa Bolívia), Arlen Cezar (fotógrafo, pré-produção). Exibições públicas poderão ser solicitadas agora, mas só acontecerão a partir de julho de 2014. dadogalvao@hotmail.com www.MissaoBolivia.com
Tempo: 110 minutos. Ano de produção: 2014.