ARTIGO – Migalhas que catamos. Migalhas que perdemos. Por Marli Gonçalves

Migalhas que catamos, igual à história de João e Maria, que espalhavam tecos, migalhas de pão, para marcar os caminhos e não se perderem, mas elas foram (ou estão sendo) comidas. Assim, está sendo, infelizmente, com as mulheres, sempre na luta e, ainda, agora, lidando com os absurdos retrocessos em suas bravas conquistas. Mas não são só as mulheres.

Migalhas João e Maria

Todo ano, a mesma coisa. E o ano que vem, parece, tem mais. O histórico 8 de Março, Dia Internacional da Mulher – veja bem, dia marcado pela luta secular, não é mês, nem semana, é dia – marca uma avalanche de notícias, uma atenção especial; mas os dados que surgem são ainda estarrecedores em nosso país. Continuamos em filas por empregos, saúde, reconhecimento de jornadas, salários iguais e segurança, entre tantos outros temas que nos são tão caros.

2023 bateu o recorde de feminicídios no Brasil, 1.463 mortes. Fale esse número bem alto, para ouvir bem tal absurdo. Uma alta de 1,6% em relação ao ano anterior, o maior da série histórica. Um feminicídio, quando o assassinato é motivado apenas pelo fato de ser mulher, a cada 6 horas, metade deles por armas de fogo, a maior parte de mulheres negras e pobres, a maioria dentro de suas casas, vitimadas por companheiros e ex-companheiros. Os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública são estarrecedores.

Mulheres de todo o mundo vêm sendo massacradas em pleno Século XXI, massacre ampliado com as guerras, onde elas e suas crianças têm sido as maiores vítimas, tudo diante de nossos olhos. Mas precisamos tratar do que ocorre aqui, nos nossos caminhos, nas migalhas comidas pelos retrocessos muitas vezes antes que possamos desfrutar.

Ouvi com atenção o – desculpe, fraco – discurso feito em horário nobre pela ministra Cida Gonçalves, Ministra das Mulheres do Brasil, nome pomposo. Fiquei surpresa, sim, mas com o número de vezes que a fala grifou o nome do presidente Lula, como se este fosse o Salvador de nossos mais íntimos desejos. Cinco vezes, se não errei a conta. Mais um pacto anunciado, o de Prevenção aos Feminicídios. E mais medidas protetivas, dessas muitas que na Hora H, conforme os números claramente mostram, não têm funcionado. As armas de fogo amplamente difundidas especialmente no governo anterior estão aí, e matando a todos nós brasileiros, homens e mulheres, espalhadas, nas ruas, trazendo o horror. Dependendo do Estado o efetivo policial anda bastante ocupado em matar antes de perguntar, e mais mulheres e o sofrimento de ver seus filhos sendo levados, uma espécie de morte em vida para mães, e que não entra nos registros.

Como mulher e feminista, lido com esse tema há praticamente 50 anos, e me surpreendo ao ver que em praticamente todos os temas estamos na mesma e cansativa luta, embora estejamos conseguindo ampliar os espaços no mercado de trabalho e sermos mais notadas, inclusive nas reinvindicações. Só para lembrar o óbvio: somos mais da metade da população; ninguém, decididamente, está nos fazendo favor algum.

Há, contudo, e é preciso que atentemos urgentemente a isto, uma onda alta, muito perigosa para todos, homens e mulheres, já visível, de conservadorismo reacionário vindo das ervas daninhas que se proliferam ladinas em todos os cantos, nos parlamentos, igrejas, no poder, adentrando escolas e instituições, muitas vezes aproveitando a distração dos pescoços curvados em celulares ouvindo e crendo em líderes de barro.

São tapas em nossos rostos. Censura de livros em alguns Estados, como o que fazem de “O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, tratando do racismo. Um moleque sem noção, deputado federal, Nikolas Ferreira, à frente da Comissão de Educação, da qual não tem a menor ideia. A mais importante Comissão, de Constituição e Justiça, presidida por uma inexpressiva deputada, Caroline de Toni. Escolhidos pela atual e triste oposição que se traveste de verde e amarelo. Em São Paulo, a Assembleia discute, acreditem, a implementação do modelo de Escola Cívico-Militar, e em áreas de maior vulnerabilidade social. Disciplina baseada obviamente em valores militares, que já vivemos para ver e sentir.

Apenas alguns itens de uma lista macabra. Agora, também em verde e amarelo, o lançamento de uma linha de perfumes Bolsonaro, além das botinas, canecas e chinelos com seu nome.  Estão brincando. E nós a cada dia ficando sem lado no meio de todo esse bombardeio que já empesteia o ar.

É preciso gritar. E alto. Rápido. Antes que nos percamos definitivamente em nossos caminhos e acabemos encurralados em jaulas onde nos engordarão tal como na história de João e Maria. Nós, as Marias e os Joões, e nos querem como alimentos. Isso não é uma história infantil. O final, mantido assim, não é feliz. E já “Era uma vez”.

_____

marli goMARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon). Vive em São Paulo, Capital.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

ARTIGO – O que foi feito do coitado do plural? Por Marli Gonçalves

Se letras matassem fome, se pudessem ser transformadas em alimentos, e fossem recolhidos todos os “S” esquecidos por aí com a maior normalidade, uma parte desse problema tão grave estaria exterminado. Mas, infelizmente, aponta apenas para o que fazemos da língua portuguesa nesse país que tanto despreza a Educação.

 S - plural

Não lembro de outro momento onde tenham sido feitas tantas entrevistas com a população, com gente comum, do povo. Seja nas ruas, na frente dos postos de saúde, hospitais lotados, ouvindo apelos ou denúncias; seja por intermédio da internet, pelas telas dos celulares ou computadores de quem está isolado em casa, ou em algum lugar distante. Seja, ainda, pelo envio às tevês de vídeos, incentivados por campanhas ou apelos de apresentadores para que as pessoas expressem suas opiniões ou reclamações.

No jargão jornalístico chamamos (ou chamávamos, porque tantas coisas têm mudado e perdido o sentido ultimamente, que já nem sei mais) de “Povo fala”.

Sempre foi uma forma importante de consulta, e sempre mostrou um retrato fiel de nossa população. E cada vez mais mostra também o quanto a linguagem tem sofrido. Os plurais, entre os mais afetados, coitados, esquecidos pelos cantos. E nem estou falando só de linguagem quase institucionalizada, regional, “um chopps, dois pastel”, que virou ironia para paulistas. Mas atenta à uma certa preguiça de pensar que leva ao constante desvio da norma culta. “Nós vai, nós vem” e tudo bem.

O outro coitado, o dinheiro nacional já tão desvalorizado, o real. Não há Cristo que o multiplique desse jeito, com o popular hábito de deixá-lo sempre no singular. “Dois real”, gritado tanto em centros de comércio, como expresso nas respostas dos balconistas: “custa só 100 real”.

O extermínio do plural também tem sido muito acompanhado pela não conjugação dos verbos. Há conjugações completamente esquecidas, em suas flexões, tornando-os com suas juntas duras, e frases sem alongamento. Algumas dessas formas, quando usadas, causam até espanto, perplexidade. As mesóclises, por exemplo – a colocação do pronome no meio do verbo – do ex-presidente Michel Temer, foram para a história da política. Jânio Quadros também foi outro muito chegado a essas formas. Mas ainda tem a próclise e a ênclise… Nossa língua é mesmo cheia de bordados.

Em compensação, uma praga, talvez porque reclamamos muito do elitismo de uns, da rudeza e simplicidade de outros, como o Lula, ou dos desvarios das frases de Dilma, suportamos agora, de Bolsonaro, as falas mais tortas e palavras mal digeridas proferidas diariamente, que atacam inclusive a democracia. Só pode ser praga. Nenhuma de suas orações servem ao progresso.

O futuro do pretérito do indicativo, o pretérito mais-que-perfeito, o infinitivo pessoal, o pretérito imperfeito, o Infinitivo impessoal composto, de mãos dadas com o gerúndio composto, se jogam deprimidos por aí, continuamente ameaçados e horrorizados inclusive com a forma como um dos seus familiares – o gerúndio – se aclimata tão bem no país que tudo posterga. Nada mais é realizado, mas estará sendo; ninguém mais liga, “vai estar ligando”, e por aí vai a valsa, rodopiando, rodopiando.

Nosso povo é plural, decerto. Esperamos que cada vez mais isso fique claro e seja respeitado. Mas aprendemos muito sobre formas corretas lendo – e nossos livros agora estão sob ameaça de taxação que ainda os fará mais caros do que já são. Aprendemos também com o que ouvimos, e nas tevês – basta prestar atenção – até a publicidade, antes tão bem cuidada, comete assassinatos, seja em plurais, conjugações, ou em vícios de linguagem, estes vilões que poderiam ter uma Cracolândia só para eles: barbarismos, arcaísmos, neologismos, solecismos, ambiguidades, cacófatos, ecos, pleonasmos, estrangeirismos, estes ultimamente beirando o insuportável.

É um tal de “sair para fora”, “entrar para dentro”, “nunca ganha”, “boca dela”, que doem nos ouvidos. Só não mais, “tipo”, do que a estranha língua falada pelos participantes do BBB e as letras dos inacreditáveis funks que assolam a música nacional.

___________________________________________________

MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto.  (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

___________________________________________

 (se republicar, por favor, se possível, mantenha esses links):
Instagram: https://www.instagram.com/marligo/
Blog Marli Gonçalves: www.marligo.wordpress.com
No Facebook: https://www.facebook.com/marli.goncalves

Shunga: serenos e ofegantes | Gal Oppido. Uma exposição imperdível

Shunga: serenos e ofegantes | Gal Oppido

Abra os olhos, a mente, jogue fora os preconceitos, os seus, os de outros. O erotismo é vivo, universal, interior, sem hipocrisia. Os atos e as vontades se expressam diante de nossos olhos, incluem as estranhezas – o sexo, a sexualidade, o gozo. As sensações se tornam reais e ao mesmo tempo imaginárias – estão ali. Detalhes fazem parte da vida, do prazer oriental. Que também é nosso, porque os vemos com olhos gulosos. Serenos e ofegantes, estão entre nós.

Em “Shunga: serenos e ofegantes”, de Gal Oppido, travamos um intenso embate entre o que conhecemos, aceitamos, queremos, desejamos, e o diferente, que atiça e nos informa de muitas outras complexas dimensões e possibilidades. As imagens chegam deslumbrantes, marcantes, inesquecíveis, como um bordado mágico que cruza fotos, pinturas, peças que se estendem do papel para os corpos e vice-versa, em ação, silêncio e solenidade.

Shunga, nome genérico e abrangente dado às pinturas eróticas, gravuras e livros ilustrados no Japão, principalmente no período Edo (1602 a 1868), base da qual Gal Oppido partiu apaixonado pela cultura japonesa, pela terra do Sol Nascente e de onde voltou hipnotizado depois de uma viagem de um mês.

Um processo criativo que trouxe, entre outros muitos de sua produção constante, e que nunca abandonou.  Depois foram anos de estudos, dedicação deste artista completo até que se chegasse ao resultado que pode ser visto até fevereiro, em São Paulo, na Galeria Lume.

Imperdível é pouco para se dizer deste trabalho, que resultou também em dois livros para que tenhamos ainda mais chances e possamos levar para casa o deleite do que vemos naquelas paredes da Galeria, e que cuidadosamente expõem um pouco dessa insana dedicação, desse olhar criativo e ímpar. As ousadias da arte aliadas às ousadias dos desejos, da carne, dos genitais expostos, da calma e das tradições milenares japonesas transpostas em novos momentos, inacreditavelmente compostos e escritos com a delicada caligrafia das letras desenhadas, dos corpos tatuados, dos objetos, das máscaras, dos movimentos expostos sem pudor – expostos para o deleite.

Há um movimento na jaca que unida a um pepino cria um falo dourado, brilhante, onde a aspereza toma outro caminho; no retrato do real e do construído com maquiagem perfeita, nos movimentos delicados dos retratados, independentemente de suas formas, e à vontade com seu autor. Uma de suas grandes características, Gal Oppido conquista a todos, os incluindo no mundo que cria. Todos são Shunga; todos são serenos; e todos são ofegantes.

Tive o prazer e honra de assistir à abertura dessa exposição. Digo honra porque além do tudo, ali, pude assistir à performance que pareceu por instantes fazer viver aquelas telas e molduras. Com a solenidade necessária, violência, culto, amor, paixão, tudo o que há de mais antigo e moderno, como a ponta de um punhal, de uma adaga, que derrama sobre nós o fim de qualquer preconceito e a certeza de que não há limites.

(MARLI GONÇALVES)

[clique para ver todos os vídeos – contém nudez]

_______________________________________________

SHUNGA – SERENOS E OFEGANTES – INTOXICAÇÕES POÉTICAS DA CARNE

TRABALHOS DE GAL OPPIDO

Até 20 de fevereiro de 2021

GALERIA LUME

SEGUNDA À SEXTA –10H ÀS 19H

SÁBADOS – 11H – 15H

R. Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo – SP, 01449-070

Telefone: (11) 4883-0351

contato@galerialume.com

ARTIGO – Este país está uma piada. Por Marli Gonçalves

Uma piada de mau gosto, daquelas que a gente ri meio de lado, sem graça, com aquele sorriso amarelo; no fundo, no fundo, está é um desconsolo só, e na verdade só rimos para não chorar muito, porque cada vez mais sério. Já acorda certo de que vai ter a surpresa do dia, e o que é pior quando esta mostra o verdadeiro perfil de parte dos brasileiros, que só quer comida no prato, não importa quem a cozinhe, e nem quer saber dessa tal democracia.

Não é mais o país da piada pronta, mas o daquelas bem batidas, velhacas, que parecem contadas todos os dias em suas versões diferentes. O impasse é total. É pandemia, medo, recessão, paradeira mundial, milhões de infectados, milhares de mortos. Difícil até de acompanhar, e a gente então desiste, desiludido com a raça humana como muitos falam. Passa à etapa do ligar o foderaizer, uma alavanca mental, e querer apenas se salvar, tentando nadar e chegar à margem que ninguém tem ideia em qual distância está; aliás, onde está? Está?

Só isso pode explicar e é até fácil de entender as pesquisas que vêm mostrando neste momento a subida na aprovação do presidente.  Não é coisa para morrer de se preocupar, que ainda tem tempo e essa piada ainda vai longe. É fotografia de registro de momento: aquele dinheirinho do auxílio emergencial está mesmo fazendo a diferença: é como se fosse o oxigênio das máquinas de respiração para os que estão nas UTIs,  só que para quem está fora delas e conseguiu (incluindo os que não deviam nem ter pedido, mas conseguiram). Consciência política? –  Não é hora de ela ser chamada. Pode gritar que ela não vem. Não vai atender nem a porta.

Apontamos em direção deles, acusando: populistas!  Quem trabalha com marketing político sabe que essa palavra tem entendimento bem diferente – um é o que os intelectuais falam, e como entendem; outra é o que o povo mesmo ouve, e entende como coisa boa, positiva, popular. Então, não será por aí o embate.

Vamos ter de continuar rindo da caspa no paletó do ministro da Economia mais perdido que visitantes que entram errado em “comunidades” e saem alvejados. Como quem não tivesse onde atirar, esse senhor baixinho e prepotente se equilibra na corda bamba e quer agora taxar, vejam só, os livros, a cultura, essa que já está muito mais para lá do que para cá, tantas bordoadas tem levado nos últimos tempos. Fortunas, aviõezinhos, mercado de luxo? Não. Pensa ele, talvez: para que os livros, sem educação, sem escolas? – Algo que veremos os efeitos funestos mais adiante.

Aí explode o horror no Líbano. O que fazemos? Um voo da alegria para ajudar. Repararam, viram aquela feliz masculina comitiva embarcando? 13 pessoas. O que é que foram fazer lá? Os libaneses precisam de ajuda, mudanças na política, remédios, comida, decididamente, não precisavam da visita, entre outros, de Michel Temer, Paulo Skaf, amigos, ou do senador Nelson Trad, por exemplo, que tinha tanta coisa para ver aqui, como o tal dossiê que não pode ser aceito sob hipótese alguma. O que ele fez? Trancou o documento no armário e foi viajar, como se não houvesse ontem, hoje ou amanhã.

Aiai, que estou vendo você aí também até já confundindo Bolsonaros, os Filhos do Capitão, Carlos, Flávio, Eduardo. Podiam ser Huguinho, Zezinho, Luizinho. Porque cada um deles, todos, tem uma ficha corrida para explicar, a gente nem sabe mais qual é qual – todos com alguma capivara, como se fala no jargão policial. Chato, chato, assunto chato, só vai melhorar se o tal Queiroz e sua esposa, agora mandados de volta para a cadeia, resolverem, digamos, cantar. Duvido um pouco, porque a pele deles deve arder muito no fogo das milícias que os originam.

Enquanto tudo isso ocorre diante de nós, lá no Espírito Santo uma menininha de dez anos está grávida. Estuprada pelo seu tio desde os seis anos de idade, ela ainda está tendo de se sujeitar que discutam – sim, ainda estão discutindo – seu direito de abortar. Que compaixão é essa?  Onde está a humanidade? Que religião esse povo do poder acha que lhes dá esse direito? Dona Damares, por favor!. Essa criança não pode ser obrigada, nem condições tem, de ter essa outra criança. E, acredite, se algo lhe acontecer de mais mal ainda, porque ela pode não resistir, não serão poucas as pragas que rogaremos contra vocês.

Muito anos de luta para tentar fazer com que esse país fosse considerado e tentando que melhorássemos em pontos essenciais para agora estar assistindo a esse desmonte, esses desrespeitos, os ataques racistas, a continuidade da absurda desconsideração com as mulheres, essa marcha da insanidade contra tudo que nos é tão caro.

O país está uma piada que, quando nos contam, temos é muita vontade de chorar.

__________________________________

MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. À venda nas livrarias e online, pela Editora e pela Amazon.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

_________________________________________________________

 (se republicar, por favor, se possível, mantenha esses links):
Instagram: https://www.instagram.com/marligo/
Blog Marli Gonçalves: www.marligo.wordpress.com
No Facebook: https://www.facebook.com/marli.goncalves
No Twitter: https://twitter.com/MarliGo

ARTIGO – É uma vez um verão muito esquisito. Por Marli Gonçalves

Cá estou eu, numa nublada e cinzenta São Paulo, e com um dedo imobilizado até o outono. Não era pescoço de cisne o problema que de repente me aconteceu. Chama dedo em martelo, me informou o especialista, mais comum, mas não menos chato e “atrapalhante”. Não apareceu ainda nenhuma moda divertida de verão, nem aqui, nem no Rio de Janeiro, nem em lugar nenhum, e até o Carnaval está mais enrolado que serpentina

Resultado de imagem para sol triste

Nem estou podendo usar o dedo do meio da mão direita, o conhecido “dedo-do-palavrão”, pai-de-todos, dedo maior. À esta altura em praticamente todos os anos que vivi, e são muitos, logo em janeiro a gente já sabia qual era ou ia ser “a do verão”. Teve, para lembrar alguns,  o “da lata”, quando as latas do Solana Star vieram dar alegria às praias, o do “apito” que a moçada usava para alertar sobre a chegada da polícia, o do topless, no qual as garotas liberavam a torturante parte de cima dos biquínis.

Já estamos em pleno fevereiro, o Sol anda mesmo sumido aqui do Sudeste. As chuvas de verão, às quais até já estávamos acostumados, fortes, mas rápidas e refrescantes, só estão trazendo a parte das desgraças, das mortes em desabamentos, deslizamentos, acidentes, e o Estado de Minas Gerais anda premiado. A falta de saneamento básico, o descuido com algo tão importante, vem se mostrando a cada nuvem carregada que desaba.

Nas praias, nos livramos do óleo, ainda inexplicado. Mas no Rio de Janeiro hoje, que anda sem graça, e até sem moda, se perguntarmos qual é a do verão, a resposta será “o da água fedida, turva, contaminada”, o verão da “geosmina” bactéria produzida por algas. Um verão do baixo astral.

Não bastassem os inglórios problemas nacionais, chegou o temor com o novo coronavírus detectado na China, se espalhando e ligando o alerta mundial. A contaminação pessoa a pessoa apavora e se aproxima, inclusive de nosso Carnaval, justamente a época que se canta e dança para exorcizar os demônios anuais, com alegria; o tal ópio do povo.

Verão esquisito esse de 2020 … é o mínimo que se pode falar dele até agora, embora meu otimismo siga até 20 de março junto com as nossas esperanças que até lá melhore esse astral. O que incomoda é lembrar que, pensando bem, desde antes, certa eleição e posterior posse, já passamos por um outro verão, outono, inverno, primavera e todo dia um aborrecimento vindo de algum canto do Brasil nos agoniou.  Como um mal que se espalha, uma geosmina comportamental que turva tudo o que encontra. Incentivados por quem imaginam ser líder, os mais estapafúrdios pensamentos saem das cavernas, puxando nossos pés e ânimos, e enquanto estamos acordados. Estamos? Mesmo?

Só para efeito de demonstração das últimas 48 horas anteriores a esse momento em que escrevo. Secretário da Educação de Rondônia permite que se ouse fazer, imaginar, listar 42 obras literárias nacionais e internacionais para censurar, classificando-as como impróprias para crianças e adolescentes. A tempo não foi executado, mas a lista incluía clássicos como Macunaíma, Os Sertões, e sobrou até para Machado de Assis, entre outros bambas.

Quer outra? O novo coordenador da FUNAI no Mato Grosso do Sul, José Magalhães Filho, falou em entrevista sobre a ‘integração do índio à sociedade brasileira’. Disse como funcionaria essa política de “integração”: ‘Nós temos que preparar essa criança, esse indiozinho, essa indiazinha, para frequentar a escola urbana. E assim a namorar com um pretinho, um branquinho. E essa integração vem surgindo automaticamente. Desta forma é que nossa política será implantada’.

Socorro! Chega, né? Tá bom. Não vou nem lembrar da série de sandices disparadas esses dias pelo presidente da República, o general dessa banda desafinada, que tanto atravessa nosso samba na avenida, sacolejando nossa harmonia.

_____________________________________

MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. À venda nas livrarias e online, pela Editora e pela Amazon.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

________________________________________________

ME ENCONTRE, ME SIGA, JUNTOS SOMOS MAIS
 (se republicar, por favor, se possível, mantenha esses links):
YouTube: https://www.youtube.com/c/MarliGon%C3%A7alvesjornalista
(marligoncalvesjornalista – o ç deixa o link assim)
Instagram: https://www.instagram.com/marligo/
Blog Marli Gonçalves: www.marligo.wordpress.com
Chumbo Gordo (site): www.chumbogordo.com.br
No Facebook: https://www.facebook.com/marli.goncalves
No Twitter: https://twitter.com/MarliGo

ARTIGO – Radar tantã. Por Marli Gonçalves

barco_navegando_7Nos anos 80 foi nome de uma discoteca bárbara na Barra Funda, em São Paulo, mas agora o título serve para nomear um navio chamado Brasil e os seus dias quando aparenta estar desgovernado. Ou melhor, governado por solavancos, posts em redes sociais, declarações estapafúrdias, debates nonsense entre os Poderes. Nesse barco, a música que toca não vem sendo boa: varia do funk do Bonde do Tigrão às cantilenas e hinos fora de hora

 

Decisões atabalhoadas e impensadas que podem custar vidas. Comentários vergonhosos sobre assuntos internacionais, sendo que alguns ainda pisando no chão dos que os recebem. Uma equipe pródiga em ser notícia ruim. Descompasso com a bússola. Violência verbal substituindo o debate. Falta de criação de anteparos para corrigir os rumos. Ventos e pastéis de vento criando ondas. Tubarões cercando.

Calma, que o alerta é geral. No Navio Brasil não navega só a parte oficial, quem está no timão, literalmente. Some-se todos nós, os viajantes, sendo jogados para lá e para cá, mareados, sem coletes salva-vidas. Na tripulação estão embarcados também os elementos de uma oposição esfacelada e desorganizada, incapaz ao que parece de aceitar seus próprios erros, e que por isso mesmo não consegue reagir à altura.  Muito menos se fazer respeitada quando mais deveria estar unida e consciente, diante da realidade. Pior, realidade por eles construída, em passado bem recente, quando – por orgulho – deixaram o barco seguir nesta direção já prevista; o mapa já mostrava que encontraríamos pedreiras.

Não estamos brincando. O momento é sério. Não é o caso de jogar no quanto pior; ao contrário. Nestes primeiros 100 dias de viagem já vimos acontecer coisas do arco-da-velha, como se falava antigamente. Nossos ouvidos foram castigados por feitos, por frases, algumas que chegam a ser indecorosas, que insultam a inteligência.

A situação não se entende. E que faz a oposição? Vai em peso numa audiência com um Ministro de Estado para bater boca, para chacoalhar. Um Zeca que se não fosse filho de quem é nem teria espaço, como não teve até hoje a não ser em listas de denúncias, dá motivos para que possamos nos perder na neblina – em segundos botou em perigo toda a razão que amealhamos colecionando figurinhas do Capitão durante essa curta viagem.

Há certa tentação em dizer que o ministro não devia ter respondido, se alterado, mas pessoalmente sabemos o quanto isso pode ser difícil com os calos pisados. Mas ganhou pontos até entre quem ainda está em dúvida sobre as ferramentas que traz e apresenta para a reforma da Previdência do casco do navio.

A reforma da Previdência virou uma tecla única, a panaceia, mesmo com tantas outras reformas pendentes que também poderiam ajudar a economia do país, como as reformas política e tributária. mas essas afetariam setores mais poderosos, que não pretendem deixar de mandar e desmandar tão cedo.

Vamos para o convés. Pegar o binóculo e olhar o futuro. Se todos forem para a direita, ou para a esquerda, o barco tomba. Tentar que o capitão do navio raciocine um pouco mais. Que ele entenda que não pode determinar as coisas como quem põe leite condensado no pão.  Não está na casa dele. Estamos ao mar. Não pode ficar sem radar, sem comunicação com a terra, tantã por aí.

Não pode dar marcha-a-ré. Não pode – para agradar caminhoneiros – mandar cancelar radares e monitoramentos eletrônicos que salvam vidas, milhares, comprovadas, além de forte auxílio na segurança e nas investigações. Não pode permitir nem em pensamento que alguém ameace ou tente mudar a História do país ao bel prazer só porque não concorda com ela. A história é escrita e registrada todos os dias e essa, da ditadura militar, de 55 anos atrás, está muito viva, inclusive literalmente, na memória e marcas das pessoas que sobreviveram aos horrores que duraram longos 21 anos.

Se o navio não for logo para o prumo, se suas máquinas não lhe derem forças, não vamos ouvir música boa, de orquestra, enquanto afundamos; no máximo o canto da sereia no fundo do mar.

Que não seja por falta de sinalizadores. (Ah, e esses são vermelhos porque é um padrão internacional).

—————

Marli Gonçalves, jornalista – SOS.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

Mares de abril, 2019


ME ENCONTRE (se republicar, por favor, se possível, mantenha esses links):
https://www.youtube.com/c/MarliGon%C3%A7alvesjornalista
(marligoncalvesjornalista – o ç deixa o link assim)
https://www.facebook.com/BlogMarliGoncalves/
https://www.instagram.com/marligo/

DELÍCIA! Ruy Castro ganha homenagem de bloco do Leblon. Sai dia 30

( PASSEI NO MEU SOUNDCLOUD PARA VC OUVIR TAMBÉM)

 “Imaginô? Agora Amassa!” homenagem ao Ruy Castro – um dos principais responsáveis pela preservação da memória da cultura nacional e da cultura do Rio de Janeiro – no desfile de 2016.

dia 30, no Leblon, Rio de Janeiro

Ruy Castro – HOMENAGEM MERECIDA

 

Imaginô? Agora Amassa! – 2016 — Samba de Gustavo Albuquerque

Oh, Imaginô! Oh, Imaginô!

Tereza da praia não é de ninguém

Não vai ser sua e nem minha também

‘Chega de saudade, a realidade’

É que ainda se faz se samba de verdade

Toda a cidade declama em versos suas prosas geniais

Ela é carioca, pra mim ela é linda demais

Pelos olhos teus um beijo na boca esperando os sinais

‘Morrer de prazer’, viver pra contar

Há muito a dizer, um sonho embalar

‘Carnaval no fogo’, a cidade vai sorrir de novo (bis)

É bossa que o violão iluminou

Um samba embebido de amor

Pequena notável, um ‘quê’ de sacana

As moças do ‘anjo’ em Copacabana

Estrela que alumia irreverente!

À ginga, Mané!

Clareia lá vem bailando a lua cheia, o coração bate, incendeia, na ‘noite do meu bem’

E quando sentir que a quarta-feira está pra chegar

Vou me permitir navegar, vou deixar minha alma seguir

O barquinho que vem, a noitinha que cai

Ipanema chamando não vou aguentar

Ruy Castro, o Rio vem agradecer, cronista-amor desta cidade

Hoje a festa é pra você!
 

 

 

Viu? Acho que o belo Scabia (ex-Mercury) se preocupou porque sabe das artimanhas da mulher, pronta para aparecer a qualquer custo, até do amor

FONTE: COLUNA RADAR- VEJA ONLINE –

fhaddadNotificação do ex-marido

Daniela e Malu: notificação

Daniela e Malu: notificação

Em tempos de discussão sobre biografias autorizadas, todo cuidado é pouco: meses atrás, logo que foi anunciado que publicaria Daniela e Malu – Uma História de Amor, que acaba de ir para as livrarias, a editora Leya recebeu uma notificação judicial.

Marco Scabia, ex-marido de Daniela Mercury, que não queria ter seu nome citado na obra. Não foi, assim como nenhum ex foi, por decisão das autoras.

Por Lauro Jardim

OLHA A LISTA QUE O AUGUSTO NUNES PUBLICA. SÃO SUGESTÕES DE TÍTULO PARA “UM” LIVRO ESCRITO POR ELE, POR LULA, O “GUIA”. DIVIRTA-SE!

NEWSDOG LENDO E SE COÇANDOQual é o título do livro que Lula vai escrever para entrar na Academia Brasileira de Letras? A coluna selecionou 55 sugestões do timaço de comentaristas. Escolha a melhor

Exatamente 11.206 leitores participaram da enquete que elegeu o título do livro que Lula deveria escrever para conseguir uma vaga na Academia Brasileira de Letras e, sempre na esteira de Fernando Henrique Cardoso, virar imortal de fardão. Com 6.078 votos (54% do total), o vencedor foi Rose e Eu: Casais inteligentes enriquecem juntos. Seguiram-se Beber, falar e tapear (2.806 votos), Cinquenta contos do vigário (1.362), A verdadeira história do Mensalão (834) e O assalto ao trem-bala (135). Paralelamente, o timaço de comentaristas esbanjou criatividade em mais de 200 sugestões publicadas no post que apresentou a enquete. Confira a lista de 55 títulos selecionados pela coluna e escolha o seu preferido. Ou sugira outros.

  • 50 tonéis de pinga
    A mão que balança o copo
    A Megera Cor de Rose
    A mudinha e o falastrão
    A Terra é quadrada
    A Volta ao Mundo em Oito Anos
    ABC do Mensalão
    Ali Babá e os 40 ministros
    Ali Babão e os 40 mensaleiros
    Ali Mollusco e seus 40.000 ladrões
    Amor nos tempos do Collor
    As Viagens de Lúliver
    Assalto ao Banco Central
    Cem Anos Só de Ladrão
    Como parar de trabalhar aos 29 anos e ficar milionário
    Crime sem castigo
    Curçu di aufabetisassão di adultus – Si eu aprendi, vosseis pódi tamém
    Dom Casburro
    Dom Corlulone
    Ensaio sobre a roubalheira
    Ensaio sobre a Segueira
    Éramos 6 – 6mil creches, 6 mil casas, 6 mil médicos cubanos
    Eu não sabia
    Eu sei o que você bebeu no verão passado
    Guia politicamente incorreto da honestidade
    Lulice no País das Falcatruas
    Meu filho é um fenômeno
    Meu filho, meu tesouro
    Mil e uma noites com Rose
    Minhas MÉmórias
    O afanador nos campos de centeio
    O Amante de Lady Roseville
    O Bebum de Rosemary
    O bleph
    O Cachaceiro Viajante
    O Discurso que Errei
    O Grande Golpe
    O homem que não sabia de nada
    O homem que sabia de menos
    O incrível exército de Lula Mensaleone
    O menino do MEP
    O nome da Rose
    O planeta dos larápios
    O santo poder da bala Juquinha
    O triste fim de Lulacarpo Silvaresma
    O velho e o bar
    O vendedor de ilusões
    Pai Milionário, filho biliardário
    PT Rico. País Pobre
    Sarney e Eu
    Sem corrupção não há solução
    Só sei que nada sei
    Trair e roubar é só começar
    Vim, vi e sumi
    Vim, vi, venci e sumi

FONTE: AUGUSTO NUNES – http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

No elevador, só iletrados.

É proibido ler no elevador

Presidido por um imortal da Academia Brasileira de Letras, o Senado proibiu seus ascensoristas de portarem livros enquanto estão no comando dos elevadores da Casa. A justificativa é que a leitura provoca distração dos servidores em um momento que é exclusivamente de trabalho.

FONTE: COLUNA RADAR – Por Lauro Jardim

Orgulho das amigas Teresa Ribeiro e Liana John. Supermulheres e uma grande turma de escola!

1.

Teresa Ribeiro

A Teresa Ribeiro avisa do lançamento de seu trabalho. Agora, foi para Maceió, onde lançará o livro junto com o Fernando Morais:

 ‘Biografia, o jornalismo literário de Fernando Morais’ na Bienal do livro de maceió, dia 28. Lembram daquela tese de doutorado?Pois é, virou livro. Quando o lançamento em Sampa tiver data eu aviso…

 

 

Liana John - (foto facebook)

2. LIANA JOHN – PREMIADA

Liana John vence Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC

 O trabalho premiado chama-se Plantadores de Florestas – histórias de gente dedicada à recuperação das matas brasileiras, veiculado no site da National Geographic Brasil, no portal Abril.com.  O prêmio será entregue na próxima quarta feira, dia 26 de outubro, na EcoHouse, em São Paulo

 São Paulo (SP) – A jornalista ambiental Liana John é a ganhadora do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, na categoria Mídia Nacional – Internet. O trabalho premiado chama-se Plantadores de Florestas – histórias de gente dedicada à recuperação das matas brasileiras, veiculado no site da National Geographic Brasil, no portal Abril.com.

O prêmio será entregue na próxima quarta feira, dia 26 de outubro, na EcoHouse, em São Paulo. Como os demais agraciados do segmento Mídia Nacional, Liana receberá troféu, certificado e R$ 10.000,00. E ainda concorre ao Grande Prêmio, cumulativo, que só será anunciado durante o evento.

 Liana conta como surgiu a ideia do especial premiado: “Vivemos num Brasil em que a questão ambiental central é evitar o desmatamento. Tanto na Mata Atlântica – cuja situação crítica não admite a queda de nem mais uma árvore – como na Mata Mista de Araucária, no Cerrado, no Pantanal, nas matas ciliares de todo o país e mesmo na Amazônia, que para alguns ainda parece infinita, mas está longe disso.

 Essa mulherada é demais!

e isso é que é ‘TURMA DE ESCOLA”

Nossa turminha de escola. Aqui só tem gente legal. Inclusive…eu!

Quer saber tudo sobre anjos? Amanhã tem programa. Vá conhecer a Mirna Grzich

 PARA VOCÊ SE PROGRAMAR, COM ANJOS

A editora Lua de Papel lança nesta terça-feira, dia 12/04, a partir das 18h30, o livro “Anjos”, de Mirna A.Grzich. Depois de 15 anos, os anjos voltam a visitar as livrarias. O sucesso na literatura fantástica, presente em diversos livros, levou a Editora Lua de Papel a apostar no retorno dos Anjos fora da ficção. Eles estão o tempo todo ao nosso redor, e percorrem a história a ponto de serem registrados nos mais importantes eventos. Com este livro você vai aprender tudo sobre os Anjos. O evento será seguido por uma sessão de autógrafos com a autora.

             Sobre o livro, da minha antiga e grande amiga MIRNA:

Anjos 

Tudo que você queria saber para entrar em contato agora

 Retranca:  Depois de 15 anos, os anjos voltam a visitar as livrarias. Atualmente o sucesso na ficção fantástica, presente em diversos livros, levou a Editora Lua de Papel a apostar no retorno dos Anjos fora da ficção.

 

Bem-vindo ao mundo dos Anjos! Eles estão o tempo todo ao nosso redor, e percorrem a história a ponto de serem registrados nos mais importantes eventos. Eles estão bem aí a seu lado. Que sejamos capazes de percebê-los, ouvir seus sinais e, agradecidos, fazer bom uso deles. Com este livro você vai aprender tudo sobre os Anjos.

 Mirna A. Grzich, foi responsável pela mega-coleção sobre o assunto na década de 90 que vendeu mais de 2 milhões de exemplares. Produziu o programa de rádio Música da Nova Era e a revista Meditação. Nesta versão atualizada Mirna escreveu capítulos que vão da presença dos anjos na história e nas artes até registros mais recentes e mostra como entrar em contato e captar suas orientações no dia-a-dia.

 

Pratique os ensinamentos e depois relaxe e se distraia. Quando você menos esperar, vai sentir a presença dos anjos a seu lado, num sonho ou numa intuição. Afinal, eles nunca se afastaram, mesmo nos piores momentos. Os anjos estão nos chamando agora para esse processo de ascensão e integração de saberes universais, como num elevador, esperando que todos entrem para subirmos juntos na grande espiral da consciência, em direção a uma civilização de paz, verdade e sabedoria.

 

Abra o seu coração e entre em contato com os Anjos!

Sobre a autora: MIRNA A . G R ZICH é comunicadora na área da consciência e da espiritualidade no Brasil há 20 anos. Criou o programa de rádio Música da Nova Era, a coleção Anjos na Editora Três e a revista Meditação. Em suas palestras e workshops nos incita a meditar, a melhorar nossa qualidade de vida, utilizando a voz, mensagens e a música a serviço da elevação do nível de consciência. Mirna sempre esteve em contato com os Anjos.

Eu indico:Luis Mir lança O paciente, sobre o caso Tancredo Neves, amanhã, em São Paulo. Aí você vai ficar sabendo tudo, e que ele não precisava ter sido operado, nem morrido. A morte que mudou o caminho do país.

Lembro-me, como se fosse hoje, dos angustiantes dias de março e abril de 1985,  na cobertura, em frente ao Incor. Contra tudo e contra todos. Estava no Jornal da Tarde.

LEIA ESSE RESUMO, FEITO PELO PRÓPRIO AUTOR

 Tancredo Neves poderia ter tomado posse. E por uma série de equívocos diagnósticos e cirúrgicos, todos primários, foi mal diagnosticado, mal operado, mal acompanhado. Tudo o que está publicado no livro está lastreado nos prontuários do Hospital de Base de Brasília e do Incor. 

O diagnóstico primário de uma apendicite aguda com abscesso e suspeita de peritonite feito no exame de ultrassom no Centro Radiológico Sul era totalmente equivocado. O que se via na ecografia era um tumor, com necrose, gás e líquido. Era um caso para uma cirurgia programada, eletiva. Não havia risco de vida, não havia urgência, deveriam ter  entrado a partir do dia 13 de março com uma antibioticoterapia para combater a bacterimia, identificar o foco infeccioso, e prepará-lo bem para a cirurgia.

 Operado no  início da madrugada do dia 15 de março, quando abriram o abdômen do Presidente o que encontraram foi um tumor intestinal – leiomiossarcoma – pediculado, pendurado, no íleo terminal. Não havia peritonite, não havia líquidos na cavidade abdominal, não havia hemorragia, não havia obstrução. E começa o desastre. Ao invés de ser retirado o tumor com uma ressecção segmentar, como já preconizava a literatura e a técnica mais adequada à epoca, o cirurgião opta por uma ressecção em cunha, em V. O que provocou que o paciente babasse (sangrasse gota a gota) na linha de sutura da anastomose desde o primeiro momento. Em uma área hipervascularizada como aquela onde estava o tumor, ele deveria ter feito uma enteroctomia ampliada, de grandes margens, ter removido todo o mesentério adjacente e amarrado os vasos na linha de sutura. O que determinou a morte do Presidente Tancredo Neves: enterorragia decorrente de um erro técnico na sutura da primeira cirurgia – não era um divertículo, era um leiomiossarcoma.

 Repito, não se poderia fazer a ressecção em cunha. É uma técnica de escolha completamente equivocada para esse caso. Ele sangrou desde o primeiro momento e isso explica porque o intestino não voltou a funcionar (por hipoperfusão tecidual). Determinou as complicações que o levariam à morte.

 Perdemos todos.

                                                                                                                                           Luís Mir

Lalá Aranha lança livro: aproveite e tome as cápsulas de seu ensinamento em RP

Lalá

é uma lenda

no nosso meio.

Lalá Aranha: tudo o que eu for falar dela será pouco diante da admiração e respeito que por ela mantenho, desde que a conheci, em 1990 e pedrinhas.

Tive a honra de por ela ser chefiada. De ter ganho sua confiança e, creio, também o seu respeito.

É doido saber que agora ela vai ensinar por livro um pouco do que aprendi apenas olhando para ela, observando seus movimentos contidos e elegantes.

Eu e Celsinho Barata, o outro diretor, a chamávamos de mamãe, de madame, lá na AAB, Hill and Knowlton do Brasil, onde trabalhamos, junto da Standard, Ogilvy & Mather, do Ronald Assumpção, do Faveco, de toda uma lista de craques.

Ela nos olhava com ar de preocupação e depois sorria.

Sabia tudo, mesmo que não soubesse nada. Nunca a vi dar o braço a torcer. Mas a carinha de muxoxo a denunciava. Não, naquele momento não sabia.

Mas daqui a alguns minutos, ela chegava, munida, e dava o show.

Lembro-me e tenho saudades dela, que agora vive no Rio de Janeiro. Tenho saudade de ver seus modos clássicos, seus modelos clássicos que adorava herdar – era dia de festa quando ela aparecia com uma malinha de roupinhas e coisinhas, que até hoje tenho e uso – às vezes até para me inspirar em reuniões mais importantes ( ela não sabe disso).

ôba, vou encontrá-la na semana que vem!

marli gonçalves

Não deixe de ver o convite do post anterior.